• Esporte

    Monday, 29-Apr-2024 10:05:25 -03

    Bolívia, logística e calendário fazem preferível ser 2º em grupo do Brasil

    MARCEL RIZZO
    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADOS ESPECIAIS A SANTIAGO

    17/06/2015 12h00

    É preferível enfrentar os campeões mundiais Argentina e Uruguai ou a fraca Bolívia em uma segunda fase da Copa América?

    O regulamento faz com que, se o Brasil quiser, possa até escolher rival nas quartas de final, já que o grupo C será o último a definir os classificados, no domingo (21).

    O chaveamento do torneio sul-americano, como de praxe, privilegia a equipe da casa. Foi assim nas quatro últimas edições, quando o anfitrião poderia se livrar dos bichos-papões caso se classificasse em primeiro do seu grupo, normalmente o A.

    Em 2015, no Chile, os donos da casa querem escapar de Brasil, Argentina e Uruguai, se a lógica prevalecer –na sexta (19), definem com a Bolívia o primeiro lugar do A.

    Na chave C, o Brasil estreou com vitória sobre o Peru, resultado previsível. Nesta quarta (17), em Santiago, o time de Dunga enfrenta a Colômbia, que inesperadamente perdeu da Venezuela na primeira rodada, por 1 a 0. Se vencer, a seleção brasileira se aproxima da liderança do grupo, o que normalmente é o melhor, mas neste caso pode não ser.

    Nesta Copa América, sair como segundo colocado da chave C, teoricamente, é melhor –e membros da comissão técnica da seleção já comentaram, informalmente, o fato.

    Por quê? Primeiro, ainda que teoricamente, o adversário a se enfrentar é mais fraco. Como primeiro do grupo C, o Brasil pegaria nas quartas de final o segundo do B, que hoje seria a Argentina ou o Paraguai –e pode ser, ainda, o Uruguai.

    Como segundo do C, o cruzamento colocaria os brasileiros frente ao segundo do A, o do Chile. Se levando em conta que os donos da casa serão os líderes, a Bolívia, após bater nesta segunda (15) o Equador, aparece como provável rival.

    Os bolivianos, apesar do triunfo, ainda são considerados os mais fracos da América do Sul na atualidade.

    Ser o número 2 do grupo C pode fazer, é verdade, com que se cruze com o Chile na semifinal, mas livra a equipe de Dunga, antes de uma final, do primeiro colocado do B, ou seja, novamente uruguaios, argentinos ou paraguaios, partidas que a rivalidade faz com que sejam normalmente mais duras.

    "Temos que avaliar o próximo adversário, sempre", disse Dunga, sem projetar rivais mais adiante.

    A questão logística também faz ser o segundo posto mais interessante do que o primeiro. Como líder da chave, o Brasil teria que viajar a Concepción, sede 500 km ao sul de Santiago, e que por causa de atrasos nas obras do estádio só terá jogos a partir das quartas de final.

    A seleção atuaria, deste modo, em uma arena, o Ester Roa, que é uma incógnita, quanto à estrutura e gramado. Como segundo, voltaria a Temuco (670 km ao sul da capital), onde bateu o Peru no domingo (14). Um estádio e hotel já conhecidos.

    Há também o período de descanso. O primeiro do Grupo C joga a sua quartas de final em 27 de junho –o Brasil fecha a primeira fase contra a Venezuela, dia 21.

    Da primeira fase para as quartas são seis dias, mas se avançar, uma diferença de apenas três para a semifinal, que será disputada de novo em Concepción, dia 30. Não haverá tempo hábil de recuperação ou até para treinamento.

    Como segundo do C, o jogo em Temuco acontece dia 25 de junho, quatro dias depois do fim da primeira fase, e a semifinal dia 29, com mais quatro de intervalo.

    Um calendário mais balanceado, segundo análise de membro da comissão técnica da seleção.

    Infográfico Seleções na Copa América

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024