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    Skimboard faz sucesso no Brasil com uma mistura de surfe e skate

    ADRIANO VIZONI
    ENVIADO ESPECIAL A UBATUBA

    21/06/2015 02h00

    Já pensou em surfar e não precisar nadar até as ondas? No skimboard, uma mistura de surfe e skate, o praticante aguarda a onda certa na areia e sai correndo para surfá-la antes que ela quebre na praia.

    Na última semana, na praia da Sununga, em Ubatuba, litoral norte paulista, competidores de sete países disputaram o Sununga Skim Festival, terceira etapa do circuito mundial de skimboard.

    Havia atletas do Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Portugal, França e Angola. O brasileiro Leandro Azevedo, que é de Sununga, chegou a final, mas perdeu o título da etapa para o americano Blair Conklin.

    Considerada referência e uma das principais ondas do mundo para a prática da modalidade, a praia da Sununga teve sol e altas ondas durante os três dias de disputa.

    Criado nas areias californianas, o primeiro registro do esporte data de 1927 em Laguna Beach, quando um salva-vidas deslizou na faixa de areia próxima ao mar com seu instrumento de trabalho (um tipo de boia) para chegar mais rápido ao salvamento.

    No Brasil, o esporte chegou em meados da década de 1950 nas praias do Sudeste, principalmente no Rio. Filhos de militares que faziam intercâmbio na Califórnia trouxeram pranchas produzidas industrialmente e iniciaram a modalidade que hoje tem cerca de 30 mil praticantes.

    Porém, há relatos de que, bem antes disso, caiçaras espalhados pelo litoral usavam pedaços de madeira que soltavam das embarcações para deslizar na beira da água.

    Nos anos 80 e 90, o esporte ficou conhecido no Brasil como "sonrisal", referência ao famoso antiácido e à semelhança do formato e do barulho que a prancha faz ao deslizar pelo espelho d'água.

    Com o passar dos anos, a prancha –que antes era de madeira, redonda e limitada a deslizar na faixa de areia próxima ao mar– ganhou materiais de alta tecnologia, design e projeção parecidas com a prancha de surfe, permitindo aos praticantes encarar as ondas com mais potência e equilíbrio. Mas as semelhanças param no design.

    Enquanto a de surfe tem quilhas (peças na parte de baixo traseira) e uma cordinha presa ao pé do surfista, a de skimboard não tem isso e é feita a partir de material chamado divinycell, mais resistente e mais leve que o bloco de espuma de poliuretano das tradicionais pranchas.

    A evolução das pranchas permitiu manobras que misturam surfe e skate e fez atletas de outras modalidades demonstrarem admiração e respeito pela modalidade.

    Um deles é o surfista americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial, e do lendário skatista Tony Hawk. Ambos postaram recentemente em suas redes sociais fotos, vídeos e diversos e elogios ao novo esporte.

    Editoria de Arte/Folhapress

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