• Esporte

    Sunday, 05-May-2024 11:03:45 -03

    Logo do Especial Rio-2016

    Segurança da Rio-2016 será menor que a da Olimpíada de Londres

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    24/06/2015 02h00

    O aumento da criminalidade no Rio tornou-se um dos pontos centrais de preocupação dos responsáveis pela segurança dos Jogos de 2016.

    Apesar dos altos índices de violência, o número de policiais e militares inicialmente previsto para o evento é consideravelmente menor do que nos jogos de Londres de 2012.

    Segundo a Folha apurou, serão cerca de 30 mil homens no Rio, contra 42 mil na capital inglesa.

    No Estado do Rio, a cada 15 minutos quatro pessoas são assaltadas, de acordo com o governo estadual.

    "Qualquer evento negativo vai ser vinculado aos jogos. A gente terá que guarnecer as áreas de interesse turístico", afirma Andrei Rodrigues, secretário nacional de Grandes Eventos.

    As autoridades trabalham com uma projeção de 30 mil homens em dias considerados de "pico", como as cerimônias de abertura e encerramento. Esse número, porém, pode ser revisto, pois a situação na cidade ao longo dos Jogos será constantemente avaliada.

    O efetivo para a Olimpíada será maior do que na Copa: na final, havia 25.787 homens.

    A organização dos Jogos planeja também inovar no formato de policiamento. No lugar da presença ostensiva vista na Copa do Mundo e em Londres, as forças de segurança adotarão como tática uma ação mais discreta, com muitos homens à paisana misturados à multidão.

    Editoria de arte/Folhapress

    O lema será "fora de vista, mas próximo", sempre pronto para agir. Em 2012, na Inglaterra, militares fardados precisaram fazer a segurança das arenas.

    Documentos elaborados pelo grupo de trabalho que planeja a segurança da Olimpíada, ao qual a Folha teve acesso com exclusividade, informa que o policiamento deve dar uma resposta rápida a eventuais incidentes, principalmente no interior das arenas, reduzindo ao máximo possíveis danos às pessoas.

    Esse policiamento discreto utilizará preferencialmente armas não letais e cuidará do sistema de raio-X. Os veículos de convidados e espectadores passarão por detectores de metal.

    A segurança no interior das arenas será feita por integrantes da Força Nacional (FN), e não por empresas privadas. Já está definido que a FN usará todo o seu efetivo, de 13 mil homens, no evento.

    Integrado por representantes dos governos municipal, estadual e federal, além de representantes da Rio-2016, o grupo de trabalho da segurança dos Jogos aponta seis preocupações. Entre os chamados "vetores de ameaças", estão ataques terroristas, aumento da criminalidade e manifestações sociais.

    Para facilitar o planejamento, os responsáveis pelos jogos vão dividir a cidade em quatro áreas tomando por base as principais arenas dos jogos: Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã e Deodoro.

    O subsecretário de Grandes Eventos do governo estadual, Roberto Alzir, ameniza a questão da violência, informando que não há problemas de segurança pública em eventos como Carnaval ou Réveillon.

    Segundo Alzir, a forte presença policial intimada os criminosos.

    "Mesmo assim, a preocupação com o aumento da criminalidade tem que existir. O que não pode acontecer é a segurança acabar quando o evento termina. Após a Copa, a violência voltou às ruas da cidade", afirmou Pedro Strozenberg, do Instituto de Estudos da Religião.

    Ricardo Borges/Folhapress
    Ao lado de Luiz Fernando Pezão (à esq.) e Eduardo Paes, Dilma ganha agasalho de Carlos Arthur Nuzman em evento
    Ao lado de Pezão (à esq.) e Eduardo Paes, Dilma ganha agasalho de Carlos Arthur Nuzman em evento
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024