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    'Toronto está tratando este Pan como Jogos Olímpicos', diz estrela canadense

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    25/06/2015 12h52

    Uma das estrelas atuais do esporte canadense, a jogadora de vôlei Sarah Pavan, 27, vai deixar de disputar uma medalha praticamente no "quintal de sua casa" para continuar sua volta ao mundo em busca da vaga na Rio-2016.

    Após decidir trocar aos poucos as quadras pelas areias, há dois anos, Sarah começou 2015 totalmente dedicada ao vôlei de praia ao lado da companheira Heather Bansley. Elas estreiam neste sábado (27) no Mundial da Holanda, contra a dupla local Braakman e Sinnema.

    Sarah tinha planos de jogar o Pan de Toronto, de 10 a 26 de julho, mas acabou decidindo priorizar a classificação olímpica, algo que não conseguiu nas quadras com a seleção canadense. Durante o Pan acontece o Major de Gstaad, na Suíça, de 7 a 11, e o Grand Slam de Yokohama, no Japão, de 21 a 26.

    Representarão o Brasil no Mundial as parcerias Larissa/Talita, Ágatha/Bárbara Seixas, Juliana/Maria Elisa e Taiana/Fernanda Berti, enquanto no masculino irão Ricardo/Emanuel, Álvaro Filho/Vitor Felipe, Alison/Bruno Schmidt e Pedro Solberg/Evandro.

    Tanto Mundial quanto o Pan não contam pontos para o ranking olímpico. O Brasil terá duas duplas masculinas e duas femininas na Rio-2016. E é na capital fluminense que Sarah quer estar em agosto do ano que vem.

    Campeã da Superliga pelo Rio de Janeiro na temporada 2012/2013, em entrevista à Folha a jogadora nascida em uma cidade a cerca de 100 km de Toronto lamenta a ausência e fala das favoritas no Pan, afirma que a competição continental terá padrão olímpico e fala da saudade do Rio.

    *

    Folha - Você nasceu na província de Ontario, onde vai ser realizado o Pan deste ano. Isso não a motivou a disputar os Jogos?
    Sarah Pavan - Eu nasci em Kitchener, Ontario, cidade muito próxima a Toronto [cerca de 100 km]. Ter os Jogos Pan-Americanos tão perto de casa era definitivamente uma oportunidade entusiasmante. Mas minha parceira e eu decidimos não participar dos Jogos. Há uma qualificação olímpica [torneio no Japão e na Suíça que valem para o ranking] que coincide com o Pan e, para nós, ter certeza que vamos nos classificar para os Jogos Olímpicos é a prioridade. Foi uma decisão muito difícil, mas estou confiante que nós estamos no caminho certo.

    Em quem você aposta como favoritas ao ouro em Toronto?
    Considerando as duplas que vão representar os países no Pan, eu acho que Canadá [Taylor Pischke e Melissa Humana-Paredes] ou Brasil [Lili e Carol Horta] vão conquistar o ouro.

    Você acompanhou os preparativos de Toronto para este Pan? O que espera da organização?
    Eu tenho acompanhado a preparação bem de perto, e sinto que este Pan vai ser o melhor de todos. Toronto está tratando este evento como Jogos Olímpicos. Então, será muito bem realizado. Os organizadores estão fazendo um ótimo trabalho.

    Você já está totalmente adaptada ao vôlei de praia?
    Eu finalmente me sinto confortável na praia. Obviamente sempre há coisas que eu posso melhorar, mas no geral eu me sinto bem e é como se as dificuldades da transição ficassem para trás.

    Qual foi a maior dificuldade da transição das quadras para a praia?
    O maior desafio para mim foi mudar algumas técnicas e certa habilidades. Eu joguei vôlei em quadras a minha vida toda, e meu corpo automaticamente faz certos movimentos como uma jogadora de vôlei de quadra. Retreinar meu corpo para para fazer algumas jogadas na praia foi uma grande dificuldade.

    Você está confiante na conquista da vaga olímpica?
    Estou muito confiante que estarei na Rio-2016. Eu e minha parceira começamos muito bem a temporada e se nós continuarmos nesse ritmo que estamos, chegaremos lá.

    O que você mais sente falta do Rio de Janeiro?
    Eu tenho muita saudade do Rio! Sinto falta do clima, obviamente, do estilo de vida, das pessoas e de treinar com todas as jogadoras e técnicos maravilhosos diariamente.

    Você mantém contato com as jogadoras brasileiras e com Bernardinho?
    Sim, continuo em contato com minhas companheiras de time e com Bernardo. Falo com as meninas em diferentes mídias sociais e por e-mail com Bernardo desde então.

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