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    Seleção mostra futebol previsível e sofre com erro de Thiago Silva

    MARCEL RIZZO
    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADOS A CONCEPCIÓN

    27/06/2015 20h40

    A seleção brasileira conheceu na Copa América o peso da realidade. Depois de 11 vitórias consecutivas, sendo dez em amistosos, o time time foi eliminado nas quartas de final da competição pelo Paraguai, sábado (27), nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal.

    Nas cobranças, a equipe de Dunga perdeu por 4 a 3. Éverton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçaram seus pênaltis. Ribeiro entrou nos minutos finais no lugar de Robinho apenas para bater o pênalti.

    A classificação paraguaia confirma a boa fase dos treinadores do maior rival brasileiro. Os quatro semifinalistas são comandados por argentinos. O time paraguaio é treinado por Ramón Díaz.

    A derrota no Chile aconteceu exatamente um mês depois de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, ter sido preso na Suíça. Comandante da entidade até abril, ele é acusado de receber propina em acordos comerciais. O fracasso da seleção agrava ainda mais a crise na confederação, que será investigada por uma CPI no Senado.

    Depois de ganhar uma série de amistosos, o time de Dunga não jogou bem em nenhuma partida na Copa América. Na primeira fase, a equipe perdeu para a Colômbia, por 1 a 0. Só conseguiu derrotar o Peru e a Venezuela.

    O zagueiro Thiago Silva foi um dos responsáveis direto pela eliminação. Ele cometeu um pênalti desnecessário, que originou o gol de empate paraguaio. Dentro da área, o ex jogador do Fluminense colocou a mão na bola numa disputa com um adversário.

    No tempo normal, as duas seleções empataram. Robinho abriu o placar no primeiro tempo. O gol de empate foi marcado por Derlis González na fase final. Ele cobrou o pênalti infantil cometido por Thiago Silva.

    SEM FORÇA

    Em Concepción, o time foi muito previsível, abusava dos toques laterais e não conseguia ter agressividade no ataque. Sem Neymar, que tinha que cumprir suspensão de quatro partidas pela expulsão contra os colombianos, o ataque, a seleção foi inoperante. Já os paraguaios faziam o seu jogo –montaram uma forte defesa e atacavam com velocidade.

    Mesmo sem jogar bem, a seleção conseguiu abrir logo o placar. Aos 15min, Robinho fez o primeiro da seleção após receber cruzamento de Daniel Alves. O santista iniciou a jogada ao dar um chapéu num adversário e tocar para Elias, que acionou o lateral.

    Em vantagem, o Brasil recuou. Até os dois atacantes voltavam apara o meio campo para marcar. O Paraguai cresceu. O time lançava bolas na área, mas a defesa conseguiu segurar a pressão.

    No segundo tempo, a seleção repetiu o futebol burocrático. Com o gol paraguaio, o time continuou apático, mas conseguiu levar a decisão para os pênaltis.

    Autor do gol, Robinho deixou o time no final e não gostou de ser substituído. "A opção [da substituição] foi do treinador. Eu gostaria de ter ficado, sempre bato os pênaltis. Agora, temos que seguir e nosso time tem que melhorar muito", reconheceu o atacante, depois da partida.

    "Com todo respeito, o time do Paraguai não é dos melhores", acrescentou.

    Nas cobranças, os brasileiros sucumbiram para os paraguaios.

    A queda também fará com que a seleção não jogue a Copa das Confederações pela primeira vez desde que a Fifa assumiu o torneio, em 1997

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