• Esporte

    Saturday, 04-May-2024 04:18:28 -03

    Torcida do Corinthians protesta contra Amarilla; Tite demonstra apoio

    DE SÃO PAULO

    28/06/2015 00h08

    Durante a vitória do Corinthians sobre o Figueirense, neste sábado (27), pelo Campeonato Brasileiro, no Itaquerão, alguns torcedores do Corinthians protestaram contra o caso envolvendo o árbitro Carlos Amarilla no jogo entre o time paulista e o Boca Juniors pela Libertadores, em 2013.

    Com uma faixa, a torcida escreveu os dizeres 'Caso Amarilla 2013 - Vergonha do futebol'. No entanto, o árbitro da partida paralisou o jogo e mandou seguranças retirarem a faixa do local. Na coletiva de imprensa após o duelo, o técnico Tite comentou sobre o fato.

    "Se a regra existe, tem de ser igual para todos. Vou retirar o torcedor, a faixa. O técnico vai se manifestar agora, e eu mudaria a frase para: 'caso Amarilla 2013, uma vergonha para o futebol'. Eu estou falando. Se não puder usar [a faixa], que seja feito para todos", ressaltou o comandante.

    Em 2014, em entrevista à Folha, Tite, que era o técnico na época do incidente, fez questão de deixar claro que não queria mais ter partidas de suas equipes apitadas pelo árbitro paraguaio.

    "Onde chegar, vou pedir à diretoria que, por favor, solicite à Conmebol que ele não seja escalado. Não suporto nem vê-lo pela frente", disse o técnico à época.

    Como tem um retrospecto de desavenças com o juíz, o corintiano não poupou ao falar de Amarilla, que foi suspenso pela Comissão de Árbitros da Associação Paraguaia de Futebol juntamente com o assistente Rodney Aquino durante a vigência das investigações.

    "Ninguém vai tapar minha boca, e eu posso falar como técnico que isso foi uma vergonha. Que os culpados sejam punidos e as medidas tomadas".

    ENTENDA O CASO

    Um programa de TV argentino exibiu neste domingo (21) escutas telefônicas que mostram gravações da chamada "Máfia do Futebol", que está sob investigação local. Uma das conversas exibidas levantam suspeitas sobre a arbitragem de Carlos Amarilla, que em 2013 prejudicou o Corinthians no duelo contra o Boca Juniors na Libertadores.

    O diálogo em questão - ouça os áudios aqui - envolve Julio Grondona, então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), que morreu em 2014, e Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol e se dá em 17 de maio de 2013, dois dias depois do Boca eliminar o Corinthians em pleno Pacaembu. Na ocasião, o paraguaio Carlos Amarilla foi questionado pelos corintianos por dois gols anulados e um pênalti não assinalado.

    Na conversa gravada, Gnecco relata como foi a decisão pela escolha do juiz paraguaio.

    "Estive falando com Alarcón [Carlos Alarcón, representante paraguaio na Comissão de Árbitros da Conmebol] e ele me disse: [...] 'Estão querendo o Amarilla aí na Argentina?' Veja, se querem eu não sei, eu quero. Coloque ele e deixe de me encher o saco. Alarcón, ponha ponha o Amarilla e deixe de me ferrar. Bom, foi assim, ele colocou e bom... E saiu bem porque, bem, tem de ser assim", disse Gnecco a Grondona.

    A conversa é uma das 11 reveladas pelo programa de TV, que teve acesso às escutas usadas em uma investigação que começou em 2012 e teria investigado de sonegação de impostos em negociações de jogadores a manipulações no futebol. Embora a apuração seja anterior à divulgação do escândalo da Fifa, a presença de Grondona une os dois casos, já que o argentino era vice-presidente da entidade internacional e foi citado no inquérito que prendeu sete cartolas em Zurique, José Maria Marin entre eles.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024