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    Corrupção no futebol

    EUA pedem extradição de Marin e outros seis cartolas presos na Suíça

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

    02/07/2015 04h52

    As autoridades dos Estados Unidos formalizaram o pedido de extradição do ex-presidente da CBF José Maria Marin e dos outros seis cartolas presos na Suíça desde o dia 27 de maio.

    A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo governo suíço. A embaixada americana em Berna enviou o pedido nesta quarta (1º), dois dias antes do prazo final para que oficializasse a solicitação de transferência dos presos.

    A partir de agora, Marin e os demais cartolas serão comunicados e terão 14 dias, prorrogáveis por mais 14, para se manifestar.

    O Departamento de Justiça da Suíça diz que tomará a decisão sobre a extradição dentro de "poucas semanas" após ouvi-los. Os dirigentes poderão recorrer, se for o caso, à Corte Federal Criminal e, depois, à Suprema Corte, o que pode fazer com que o processo leve até seis meses –neste período, todos continuam presos.

    Os sete foram detidos em Zurique na véspera do congresso da Fifa acusados pelas autoridades americanas de envolvimento num esquema de corrupção relacionado a direitos de transmissão e marketing de competições. O escândalo levou à renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, no dia 2 de junho.

    No pedido de extradição, as autoridades dos Estados Unidos justificaram que o esquema foi montado em território americano e bancos do país foram usados para movimentação de propina.

    Conforme a Folha mostrou, Marin, 83, escreve um diário e já emagreceu quatro quilos na prisão. Sua defesa para evitar a extradição inclui quatro escritórios de advocacia.

    Na Suíça, quem comanda a defesa é Georg Friedli, renomado advogado no país. Especializado em acordos de cooperação internacional, ele é sócio do escritório Friedli & Schnidrig, de Berna, onde o caso é conduzido.

    Friedli conta com o apoio de outro advogado no país: Rudolf Wyss. Os honorários dos dois foram acertados por intermediários da família de Marin e custam R$ 1 milhão. Há outros dois escritórios dos EUA acionados para estudar alternativas jurídicas para que o cartola não seja preso no país.

    A Justiça suíça já tinha negado o pedido da defesa de Marin para que ele fosse transferido da prisão em Zurique para um hospital. Foi recusado também o recurso para que o cartola tivesse direito a prisão domiciliar.

    Os indiciados

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