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    Luxuosa, Vila dos Atletas no Pan de Toronto é 'Disney gastronômica'

    MARILIZ PEREIRA JORGE
    ENVIADA ESPECIAL A TORONTO

    09/07/2015 02h00

    De cara, a Vila dos Atletas do Pan construída em Toronto desperta admiração e vergonha. É tudo moderno, bem projetado, fica na área central, a poucos metros da nova orla do rio Don.

    O oposto da vila do Pan carioca: longe de tudo, no meio do nada, projeto datado, com problemas. As paredes apresentaram rachaduras e o terreno cedeu depois dos Jogos.

    Em Toronto, apenas dois prédios antigos foram restaurados no novo bairro que ganhou o nome de Canary District, homônimo do restaurante que funcionava em um deles e que deve ser reaberto.

    No restante da área, tudo está reluzindo. São cinco prédios, com 1.285 apartamentos, cerca de 270 acessíveis a portadores de deficiência.

    Nem todos atletas já estão na vila. Aos poucos, as ruas ganham vida, com uniformes coloridos e uma babel de línguas, comum na cidade.

    A área ganhou academia ultra-moderna, com piscina, quadras poliesportivas e pista fechada para corrida.

    As ruas do novo bairro tem obras de arte e são providas com vários locais para o estacionamento de bicicletas. Bicicletas. Um suspiro e uma salva de palmas ao Primeiro Mundo.

    Impossível não bater a síndrome de vira-lata. Impossível não pensar que tudo pode ser simples, funcional e bonito.

    Há estruturas disponíveis apenas durante os jogos, como a sala de recreação. O Time Brasil, por exemplo, tem uma área de convivência "particular" porque a delegação de atletas ocupou um prédio inteiro.

    "Tem médico, massagista, podólogo. Sabe como é pé de atleta", contou Fernando Portugal, da seleção de rúgbi. "Estamos sendo muito mais bem tratados do que o esperado. Quero retribuir com uma medalha de ouro", brincou Portugal.

    Foi montada uma gigantesca praça de alimentação, além de uma lanchonete de apoio. É uma Disneylândia gastronômica. Os atletas se esforçam para não cair em tentação. "Tem sorvete, tem muffin, tem brownie. Por enquanto, a gente não pode nada disso", disse, desolada, Haline Scatruc, 22, da seleção brasileira de rúgbi.

    Ricardo Oduardo, da delegação de Aruba, diz que os quartos na vila do Pan, no Rio, eram maiores, mas em Toronto tudo é mais moderno. E mais perto. "O transporte é eficiente. No Rio, foi complicado."

    Os jornalistas não tiveram acesso aos apartamentos. É aquela história, quem vê cara não vê coração. Seria bom checar se por dentro as instalações são tão impressionantes quanto o seu exterior.

    Toda a vila custou cerca de R$ 1.8 bilhão. Olhando de fora, parece que valeu cada centavo. Os atletas, lá de dentro, não reclamaram de nada.

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