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    Corrupção no futebol

    Fifa bane do futebol ex-dirigente da Concacaf envolvido em corrupção

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/07/2015 08h35

    Ali Haider - 8.dez.09/Efe
    O ex-dirigente da Fifa Chuck Blazer, que colabora com as investigações de corrupção na entidade
    O ex-dirigente da Fifa Chuck Blazer, que colabora com as investigações de corrupção na entidade

    A Fifa anunciou nesta quinta-feira (9) que o norte-americano Chuck Blazer, ex-membro do Comitê Executivo e ex-secretário-geral da Concacaf, foi banido pelo resto da vida de todas as atividades relacionadas ao futebol em razão do seu envolvimento no escândalo de corrupção da entidade.

    A punição entra em vigor hoje e se baseia nas informações recolhidas pelo órgão de investigação do Comitê de Ética, em resposta ao relatório final do Comitê de Integridade da Concacaf e às acusações apresentadas pela Justiça dos Estados Unidos contra vários dirigentes da Fifa.

    "Blazer cometeu muitos atos de má conduta de forma contínua e repetida durante seu mandato como dirigente em vários postos de alto nível na Fifa e na Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e Caribe)", afirma um comunicado da entidade.

    Blazer, ex-aliado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, "desempenhou um papel chave" ao "propor, aceitar ou efetuar pagamentos ilegais, subornos ou comissões", considerou a comissão de ética da Fifa, presidida pelo alemão Hans-Joachim Eckert. 

    Em maio de 2013, o Comitê de Ética da Fifa decidiu suspender de forma provisória as investigações contra Blazer por causa dos problemas de saúde do ex-dirigente –sofre de câncer. O inquérito tinha sido aberto após Blazer ter sido acusado, junto ao ex-presidente da Concacaf Jack Warner, de desviar pelo menos US$ 57 milhões durante o tempo em que estiveram no comando da entidade.

    Na época, o ex-secretário-geral da Concacaf acabou suspenso por 90 dias.

    Posteriormente, em dezembro de 2014, Cornell Borbély assumiu a presidência da Câmara de Investigação do Comitê de Ética e decidiu reiniciar os procedimentos contra Blazer, que resultaram na punição definitiva comunicada nesta quinta-feira.

    Blazer é uma peça chave das denúncias de corrupção na Fifa averiguadas pelas autoridades americanas e suíças. As investigações provocaram a prisão de sete dirigentes da entidade, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, no dia 27 de maio. Na oportunidade, o comitê de ética na Fifa baniu provisoriamente o cartola.

    Em 2011, por sua grande fortuna - avaliada em US$ 22 milhões escondidas em empresas de fachada - e por possível evasão fiscal, Blazer foi alvo de uma investigação nos EUA e concordou colaborar com as autoridades para evitar ser preso. Sua confissão foi usada como base nas denúncias que o Departamento de Justiça americano apresentou contra diretores da Fifa e outras cinco pessoas vinculadas à entidade.

    Recentemente, parte da delação de Blazer foi revelada. Na confissão, ele afirmou que houve pagamento de propinas nas escolhas das sedes da Copa do Mundo de 1998, na França, e 2010, na África do Sul.

    Logo após a confissão, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, 79, abdicou do seu mandato e convocou nova eleição na entidade em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol.

    Blazer conseguiu sonegar impostos durante duas décadas como diretor da Concacaf. Uma investigação interna revelou que ele desviou dinheiro da confederação para comprar dois apartamentos em Manhattan, além de imóveis de luxo em Miami e nas Bahamas.

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