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    Brasil inicia o Pan de olho na Rio-2016

    ITALO NOGUEIRA
    MARCEL MERGUIZO
    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADOS ESPECIAIS A TORONTO

    10/07/2015 02h00

    A partir das 21h (de Brasília) desta sexta-feira (10), o estádio Rogers Centre, em Toronto, com cerca de 45 mil espectadores, hospeda a cerimônia que abre a 17ª edição dos Jogos Pan-Americanos.

    Estará estabelecida, então, a conexão Toronto-Rio. Para o Brasil, o Pan é importante na conquista de vagas para crescer a delegação nacional nos Jogos Olímpicos de 2016.

    Também é tratado como laboratório, por ser a última chance de testar atletas que, em grande parte, devem competir na capital fluminense.

    Por isso, antes de ser sede de sua primeira Olimpíada, daqui a quase um ano, o Brasil coloca à prova no Canadá o seu status ascendente.

    O COB (Comitê Olímpico do Brasil) gastou R$ 10 milhões para levar 590 atletas a Toronto, número recorde em competição multiesportiva.

    Do total, R$ 1,2 milhão foi gasto para alugar instalações na Universidade de York, no norte da metrópole canadense, para fazer a aclimatação de equipes de judô, atletismo, tênis e lutas olímpicas.

    A ideia foi reproduzir da melhor maneira possível um ambiente olímpico. E, ao mesmo tempo, desempenhar um bom papel na chamada "Olimpíada das Américas."

    META OLÍMPICA

    Para alguns brasileiros, além de medalhas, ir bem no Pan eleva a probabilidade de obter uma vaga olímpica.

    Atletismo e natação usarão o evento para a obtenção de índices classificatórios.

    Atletas do levantamento de peso, pentatlo moderno, taekwondo, tiro esportivo e triatlo podem adquirir mais lugares no Rio –o Brasil, por ser sede em 2016, tem participação garantida em quase todas as disputas esportivas.

    Um caso particular é do do hóquei sobre grama masculino. Com um time fraco, a federação internacional impôs critério para a qualificação da seleção brasileira: ficar entre os seis primeiros no Pan. Esta será a última chance de a equipe nacional ir à Rio-2016.

    "Cada confederação traçou uma estratégia para a participação no Pan tendo em vista a Olimpíada de 2016", afirma o superintendente do COB, Marcus Vinicius Freire.

    Em certos casos, o Pan pode dar a toada de como será uma disputa olímpica. O COB aponta que, em Toronto, ciclismo pista, ciclismo estrada e boxe terão alto nível.

    Fabiana Murer, estrela do atletismo brasileiro, que o diga: terá a americana Jennifer Suhr e a cubana Yarisley Silva, ouro e prata olímpicos, como rivais no salto com vara.

    Para a dupla da vela campeã mundial Martine Grael e Kahena Kunze, o Pan serve como preparação emocional. "A Vila dos Atletas e a competição como um todo têm muitas distrações e é importante elas viverem isso antes da Olimpíada. Não queremos surpresa em 2016", diz Torben Grael, pai de Martine e bicampeão olímpico na vela.

    META PAN-AMERICANA

    Há ambição de que o Brasil termine a competição com a segunda posição no total de medalhas, o que seria inédito em edições no exterior.

    Uma boa campanha no Pan serve ainda para justificar gastos. No ciclo que culmina em 2016, o COB prevê investimento acima de R$ 700 milhões. A meta é bater o número de pódios de Guadalajara-2011 (141 medalhas, sendo 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze). As respostas estarão à mesa dia 26, quando acaba o Pan de Toronto.

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