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    Brasil e Canadá 'rasgam seda' em coquetel

    MARILIZ PEREIRA JORGE
    DE ENVIADA ESPECIAL A TORONTO

    13/07/2015 02h00

    Mariliz Pereira Jorge/Folhapress
    Marcel Aubut, presidente do comitê canadense, e o ministro do Esporte, George Hilton
    Marcel Aubut, presidente do comitê canadense, e o ministro do Esporte, George Hilton

    Em mais uma demonstração de "savoir faire", a Casa Canadá, o quartel-general do Comitê Olímpico Canadense, armou um coquetel de celebração dos Jogos do Rio-2016.

    O convite dizia entre 13h e 15h. E a delegação brasileira chegou às 14h15. Estavam lá todos os figurões do esporte dos dois países, em uma rasgação de seda dos dois lados.

    Do lado canadense, teve o presidente do comitê, Marcel Aubut, um cara bonachão e espirituoso, protagonista das melhores tiradas. Disse que Brasil e Canadá têm em comum a capacidade para sediar os maiores eventos.

    Aubut não economizou elogios a Carlos Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Ao apresentar o ministro do Esporte, George Hilton, disse que ele é o responsável por dar dinheiro a Nuzman sempre que ele pede. "E agora vocês entenderam por que escolhemos este hotel", referindo-se ao sobrenome do ministro e ao nome do lugar –Hilton.

    Disse que o Brasil fará a melhor Olimpíada de verão da história. Quem também acha que tudo dará certo é o chefe da delegação canadense na Rio-2016, Jean-Luc Brassard, ouro no esqui na Olimpíada de inverno de 1994.

    Ainda que imagine que a água da baía da Guanabara não estará limpa. "A gente se preocupa com tudo que envolve os preparativos. Se as arenas estarão prontas, se a segurança  vai funcionar, se a água estará limpa, o que eu acredito que não. Mas quando os jogos começam, tudo dará certo. Acredito nisso."

    Do lado brasileiro teve Nuzman agradecendo o ministro. Esperado. E teve Nuzman agradecendo a presença dos deputados Márcio Marinho (PRB-BA) e Helio Leite (Democratas-BA) e esquecendo o nome de um terceiro deputado (Wanderley de Oliveira (PTB-RJ). Agradecimento esperado. Gafe inesperada.

    O comitê canadense trouxe do Brasil os dois chefs do restaurante Laguiole, do Rio, responsáveis pela comida do evento e pelo que será servido na Casa Canadá no Brasil. "Temos que tratá-los bem porque nunca sabemos o que acontece em uma cozinha."

    A comida servida era brasileira, apresentada de um jeito mais sofisticada, perfeita para não assustar os gringos que desfilavam, todos, de caipirinha na mão. Gringo pode até não conseguir falar caipirinha, mas tem uma facilidade enorme para bebê-la.

    Aubut fez questão de apresentar Phillipe Mosimann, sócio inglês de Jayme Drumond, do Laguiole. Mosimann foi responsável pela comida servida no casamento da princesa Kate e do príncipe William. Quem não faria uma propaganda dessa? "Mas será na Casa Canadá, no Brasil, o verdadeiro show", brincou.

    A Folha apurou que o Canadá planeja fincar bandeira na AABB, na lagoa Rodrigo de Freitas. A casa será "envelopada" com as cores do país e poderá ser vista do céu.

    E claro que não poderia faltar um showzinho pra constranger os presentes.

    Constrangimento duplo porque os dançarinos apresentaram uma espécie de mambo com salsa, misturado com uns passos de samba. Não eram brasileiros. Eram campeões de salsa adolescentes. Tudo a ver.

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