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    Acordo com intermediário prevê comissão até em título do São Paulo

    MARCEL RIZZO
    DE SÃO PAULO

    17/07/2015 02h00

    Se o São Paulo conquistar o Brasileiro em dezembro, terá que repartir o bônus que receberá da Under Armour com a empresa que intermediou o acordo com os norte-americanos para fornecimento de material esportivo.

    É o que diz o contrato com a Far East Global Holdings Limited, de Hong Kong.

    O documento prevê o pagamento de comissão de 15% do valor total do patrocínio, estimado em R$ 122 milhões, inclusive para os bônus que os norte-americanos desembolsarão em caso de conquistas do time de futebol, algo pouco usual no mercado.

    Segundo a cláusula terceira do contrato entre Far East e São Paulo, exclusivo para prospecção de patrocinadores para fornecimento de material esportivo, a comissão vale para "verba de patrocínio, de marketing, bônus, royalties e prêmios, inclusive referente ao material esportivo a ser fornecido, bem como todo e qualquer tipo de verba condicionada a desempenho esportivo e/ou comercial".

    Reprodução/Twitter/@UnderArmour
    Empresa norte-americana Under Armour divulgou as novas camisas no Twitter
    Empresa norte-americana Under Armour divulgou as novas camisas no Twitter

    Bônus por desempenho esportivo –normalmente títulos ou classificação para torneios específicos, como Libertadores, que valorizam a marca do patrocinador –é praxe em acordos como o do São Paulo e Under Armour.

    Editoria de arte/Folhapress
    Cláusula terceira mostra que o clube pagará 15% do valor total que receberá da Under Armour, contando até premiação por conquistas do time, como títulos e objetivos alcançados
    Cláusula terceira mostra que o clube pagará 15% do valor total que receberá da Under Armour, contando até premiação por conquistas do time, como títulos e objetivos alcançados

    O intermediário, normalmente, não recebe comissão por essas premiações, apenas pela verba de patrocínio, que é o montante pago para ter a marca associada ao clube. Com a cláusula, o total que a Far East terá a receber do São Paulo, ao fim do acordo, passará dos R$ 18 milhões.

    OUTRO LADO

    O São Paulo, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a cláusula que prevê comissionamento à Far East por desempenho esportivo é interpretativa e que o clube não pretende pagar esta comissão. Informou também que o texto do contrato é o padrão nesses acordos, mas não descartou propor alteração. E que não teme ser acionado na Justiça caso não pague, já que tem bom relacionamento com a Far East.

    O contrato com a empresa asiática está sendo investigado pelo Conselho Deliberativo do São Paulo, como revelou a Folha em maio. Foi criada comissão com três conselheiros para avaliar o acordo.

    A Under Armour preferiu não se manifestar sobre o assunto. Nenhum representante da Far East foi encontrado.

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