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Felipe Borges, 30, é o maior goleador da história da seleção, com mais de 600 gols |
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Esporte
Sunday, 19-May-2024 10:44:37 -03Artilheiro do Brasil no handebol retoma superstição e volta a fazer gols
MARCEL MERGUIZO
ENVIADO ESPECIAL A TORONTO19/07/2015 14h12
Para alguns pode ser apenas um hábito diário. Para Felipe Borges, 30, já está virando superstição.
Artilheiro do Brasil no último Pan, com 42 gols, e maior goleador da história da seleção com mais de 600, o ponta esquerda não começou muito bem os Jogos de Toronto.
Na estreia, contra o Canadá, ele fez apenas dois dos 34 gols, em sete tentativas. Neste domingo (19), contra o Uruguai, marcou quatro vezes nos mesmos sete arremessos no jogo que terminou 38 a 18 para os brasileiros.
"Fiz a barba. Foi isso que mudou do primeiro para o segundo jogo. Agora vou sem barba até o final", disse, aos risos, Borges à Folha.
O mesmo aconteceu em janeiro, no Mundial do Qatar, quando resolveu fazer a barba durante a competição e, coincidentemente, viu suas atuações melhorarem.
Superstições a parte, Borges acredita que a equipe toda evoluiu da estreia para a segunda partida. Agora, os brasileiros já estão classificados para as semifinal, na qual deve enfrentar Chile ou Argentina, rivais tradicionais da seleção.
"Nossa cabeça está em cada jogo, um a um. Sabemos que todos aqui buscam a classificação olímpica. Então, se enfrentarmos a Argentina na semifinal pode ser melhor", afirma Borges, que já jogou cinco mundiais e tem um ouro (Rio-2007) e uma prata (Guadalajara-2011) no Pan.
"Na semifinal não tem o que escolher. Mas podia ser a Argentina", diz o goleiro brasileiro Bombom.
O desejo, compartilhado por outros jogadores da seleção, tem um motivo específico além da rivalidade.
Os Jogos Pan-Americanos classificam o campeão para a Olimpíada do Rio, em 2016. Como o Brasil, país sede, já está garantido, caso seja campeão o segundo lugar iria herdar o lugar na Rio-2016.
Ou seja, cair em uma semifinal contra os brasileiros significaria perder a chance de ter a vaga olímpica em mãos. A segunda chance seria em um pré-olímpico mundial, contra as fortíssimas seleções europeias.
Foi o que aconteceu com o Brasil antes dos Jogos de Londres-2012 (perderam a final do Pan de Guadalajara para a Argentina e depois não conseguiram a vaga no pré-olímpico mundial).
"Eles [argentinos] são favoritos na teoria. Nos venceram em Guadalajara e também nos dois últimos pan-americanos [da modalidade]", lembra o armador esquerdo Thiagus.
Chile e Argentina jogam na terça-feira (21), às 21h30 (de Brasília) para definir quem será primeiro do grupo e escapará do Brasil na semi. No mesmo dia, já garantido como primeiro do grupo, o Brasil enfrenta a fraca República Dominicana, às 14h30 (de Brasília).
CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015
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