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    Artilheiro do Brasil no handebol retoma superstição e volta a fazer gols

    MARCEL MERGUIZO
    ENVIADO ESPECIAL A TORONTO

    19/07/2015 14h12

    Cinara Piccolo/Photo&Grafia
    Felipe Borges, 30, foi artilheiro do Brasil no último Pan, com 42 gols, e maior goleador da história da seleção com mais de 600
    Felipe Borges, 30, é o maior goleador da história da seleção, com mais de 600 gols

    Para alguns pode ser apenas um hábito diário. Para Felipe Borges, 30, já está virando superstição.

    Artilheiro do Brasil no último Pan, com 42 gols, e maior goleador da história da seleção com mais de 600, o ponta esquerda não começou muito bem os Jogos de Toronto.

    Na estreia, contra o Canadá, ele fez apenas dois dos 34 gols, em sete tentativas. Neste domingo (19), contra o Uruguai, marcou quatro vezes nos mesmos sete arremessos no jogo que terminou 38 a 18 para os brasileiros.

    "Fiz a barba. Foi isso que mudou do primeiro para o segundo jogo. Agora vou sem barba até o final", disse, aos risos, Borges à Folha.

    O mesmo aconteceu em janeiro, no Mundial do Qatar, quando resolveu fazer a barba durante a competição e, coincidentemente, viu suas atuações melhorarem.

    Superstições a parte, Borges acredita que a equipe toda evoluiu da estreia para a segunda partida. Agora, os brasileiros já estão classificados para as semifinal, na qual deve enfrentar Chile ou Argentina, rivais tradicionais da seleção.

    "Nossa cabeça está em cada jogo, um a um. Sabemos que todos aqui buscam a classificação olímpica. Então, se enfrentarmos a Argentina na semifinal pode ser melhor", afirma Borges, que já jogou cinco mundiais e tem um ouro (Rio-2007) e uma prata (Guadalajara-2011) no Pan.

    "Na semifinal não tem o que escolher. Mas podia ser a Argentina", diz o goleiro brasileiro Bombom.

    O desejo, compartilhado por outros jogadores da seleção, tem um motivo específico além da rivalidade.

    Os Jogos Pan-Americanos classificam o campeão para a Olimpíada do Rio, em 2016. Como o Brasil, país sede, já está garantido, caso seja campeão o segundo lugar iria herdar o lugar na Rio-2016.

    Ou seja, cair em uma semifinal contra os brasileiros significaria perder a chance de ter a vaga olímpica em mãos. A segunda chance seria em um pré-olímpico mundial, contra as fortíssimas seleções europeias.

    Foi o que aconteceu com o Brasil antes dos Jogos de Londres-2012 (perderam a final do Pan de Guadalajara para a Argentina e depois não conseguiram a vaga no pré-olímpico mundial).

    "Eles [argentinos] são favoritos na teoria. Nos venceram em Guadalajara e também nos dois últimos pan-americanos [da modalidade]", lembra o armador esquerdo Thiagus.

    Chile e Argentina jogam na terça-feira (21), às 21h30 (de Brasília) para definir quem será primeiro do grupo e escapará do Brasil na semi. No mesmo dia, já garantido como primeiro do grupo, o Brasil enfrenta a fraca República Dominicana, às 14h30 (de Brasília).

    CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015

    Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

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