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    Por espaço na TV a cabo, ESPN vê valor pago pelo Espanhol triplicar

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    20/07/2015 12h00

    Tradicional detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Espanhol no Brasil, a ESPN venceu a disputa com outras emissoras e anunciou na sexta-feira (17) que continuará exibindo o torneio nos próximos cinco anos.

    Diante da pressão da concorrência, a ESPN teve que elevar sua oferta aos US$ 50 milhões (cerca de R$ 161 milhões) anuais pelo Campeonato Espanhol, valor mais alto que o Esporte Interativo pagou pela Liga dos Campeões (US$ 45 milhões anuais).

    Pelo ciclo anterior do Espanhol, que encerrou na temporada 2014-2015, ESPN e Sky dividiam o valor de US$ 15 milhões (R$ 48 milhões, em valores atuais) por ano. Dessa forma, ainda que a Fox Sports pague metade do valor anual (algo mais raro em acordos de sublicenciamento), a emissora do grupo Disney gastará mais que o triplo do que pagou no passado para exibir a liga nacional de maior audiência na TV fechada.

    A vitória foi fundamental na briga por audiência entre os diversos canais esportivos do país, entre eles o Esporte Interativo (principal concorrente na disputa pelos direitos do Espanhol), a SporTV (que não fez proposta) e a Fox Sports, que exibirá jogos do Espanhol mediante acordo de sublicenciamento com a ESPN, que terá prioridade na escolha das partidas.

    Segundo apuração da Folha, algumas operadoras que contam com a ESPN em seus pacotes viam com preocupação a possível perda do Espanhol pelo canal, e consideravam a possibilidade de retirá-lo futuramente da grade de programação em caso de derrota. A conquista dos direitos do Espanhol tranquilizou as operadoras que contam com o canal em seus pacotes (Sky, NET, Vivo, Claro, TV Alphaville e Algar).

    Em 2014, a ESPN perdeu os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, evento de maior audiência do canal, para o Esporte Interativo. Além disso, desde a chegada da Fox Sports ao Brasil, em 2012, a emissora passou a ter que dividir os direitos de competições que transmitia sozinha, como o Italiano e o Alemão.

    SEM PRESSÃO

    German Hartenstein, diretor geral da ESPN no Brasil, negou que houvesse pressão das operadoras para a continuidade do Espanhol no canal.

    "Além de termos um ótimo relacionamento com as operadoras, nossa grade é bastante atrativa para o fã do esporte. Logo, não há motivo para pressão", disse à Folha.

    A emissora não divulga os valores investidos na compra de direitos de transmissão, no entanto, segundo Hartenstein, a ESPN pagou um valor que está dentro da realidade do mercado.

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