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    Mulheres conquistam quase metade das medalhas brasileiras no Pan

    MARCEL MERGUIZO
    PAULO ROBERTO CONDE
    DE ENVIADOS ESPECIAIS A TORONTO

    22/07/2015 02h00

    A cinco dias do encerramento do Pan de Toronto, as brasileiras estão próximas de uma meta de causar inveja ao outro polo da delegação.

    Enquanto o Brasil corre para superar as 141 medalhas ganhas em Guadalajara-2011 –eram 108 até esta terça (21)–, objetivo traçado pelo comitê olímpico nacional, atletas e seleções femininas estão encaminhadas para uma campanha histórica.

    As mulheres haviam arrebatado 48 pódios (46% do total obtido por brasileiros, excluídos os três bronzes em provas mistas) no Canadá.

    Assim, elas estão a apenas sete de igualar o desempenho obtido no Pan-2011, em Guadalajara (México), com mais inúmeras possibilidades ainda em modalidades como vôlei, atletismo e caratê.

    Os homens estão a 27 pódios do empate com 2011.

    Há quatro anos, eles foram dominantes no quadro brasileiro de medalhas. Embora a predominância continue, agora há mais equilíbrio.

    CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015

    Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    De 139 láureas divididas entre os sexos em Guadalajara –duas competições eram mistas–, 84 (60%) vieram com os homens e 55 (39%) com elas em Guadalajara.

    Resultados desta terça (21) serviram para mostrar o crescimento feminino no Pan.

    Os dois primeiros pódios brasileiros nas provas de campo e pista do atletismo vieram com Juliana dos Santos (ouro nos 5.000 m) e Jucilene de Lima (bronze no lançamento do dardo).

    "Nós viemos para brigar 'pau a pau' com os homens", afirmou Jucilene.

    Em Guadalajara, as mulheres do atletismo já haviam obtido mais lugares no pódio que o sexo oposto (12 a 11).

    Outras duas demonstrações do poderio feminino vieram com a equipe do tênis de mesa, que obteve uma medalha de prata histórica, e com Nathalie Moellhausen, que levou a esgrima ao pódio pela segunda vez na história do Pan –e pela primeira vez desde a edição do Rio-2007.

    Das 48 medalhas ganhas pelas mulheres brasileiras, em Toronto, oito são de ouro, 14 de prata e 26 de bronze.

    Modalidades como saltos ornamentais, pentatlo, remo, rúgbi, luta olímpica e taekwondo só tiveram mulheres no pódio. Os homens brilharam sozinhos apenas no tiro esportivo e no tiro com arco.

    Na ginástica rítmica, na qual só há disputa feminina, as brasileiras foram a cinco pódios em Toronto.

    RAZÕES

    Algumas atletas ouvidas pela Folha apontam investimento e confiança como decisivas nesta subida de patamar da ala feminina no Pan.

    A natação, por exemplo, faturou sua primeira medalha de ouro na história da competição, com Etiene Medeiros nos 100 m costas. "É preciso acreditar mais na natação feminina. Nós temos muito potencial", disse a nadadora pernambucana.

    O judô feminino, que havia ficado sem ouros no Pan de Guadalajara, levou apenas um de Toronto –com Érika Miranda. Mas teve mais pódios que o masculino (7 a 6) na competição do Canadá.

    A meta da confederação brasileira era conquistar medalhas em todas as categorias. Ao menos da parte das mulheres da delegação nacional, foi cumprida.

    É uma tendência que pode se manter em competições futuras, sobretudo nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

    MULHERES EM ALTA
    Projeção aponta quebra da marca feminina de Guadalajara antes do final do Pan de Toronto

    GUADALAJARA
    Das 141 medalhas, duas eram mistas (hipismo e tênis). Sem contá-las, a divisão foi:

    HOMENS
    84 medalhas, ou 60% do total

    MULHERES
    55 medalhas, ou 39% do total (15 ouros, 17 pratas e 23 bronzes)

    TORONTO-2015
    Das 110 medalhas conquistadas até às 23h30 desta terça-feira, sem contar as três em disputas com equipes mistas a divisão era:

    HOMENS
    59 medalhas, ou 55% do total (27 ouros, 15 pratas e 17 bronzes)

    MULHERES
    48 medalhas, ou 45% do total (8 ouros, 14 pratas e 26 bronzes)

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