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    Goleiro acusado de abuso sexual abandona Mundial de polo aquático

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A TORONTO

    25/07/2015 12h46

    Acusado de abuso sexual pela polícia de Toronto, o brasileiro Thye Bezerra, 27, deixou a delegação brasileira de polo aquático que disputará o Mundial de Kazan.

    Carioca, Bezerra é suspeito de ter atacado uma moradora da cidade de 22 anos na manhã do dia 16 de julho –um dia após a equipe ter encerrado sua participação com a medalha de prata no Pan. A informação foi divulgada pela inspetora Joanna Beaven-Desjardins.

    O goleiro reserva estava concentrado com a equipe para a estreia no torneio, na segunda-feira (27).

    A informação da partida de Bezerra foi repassada em treino da seleção neste sábado (25).

    Ele teria voltado ao Brasil na noite desta sexta.

    Beaven-Desjardins afirmou que a polícia tem certeza de que Bezerra teria segurado a vítima e cometido o assédio.

    A versão da inspetora dá conta de que o goleiro e um outro integrante da delegação foram à casa da mulher, na região central de Toronto -a policial não confirmou se voluntariamente-, e lá permaneceram.

    Bezerra, então, teria tentado abusar dela sexualmente em um dos quartos do domicílio, enquanto ela dormia. A vítima, que não é atleta nem voluntária do Pan, procurou a polícia logo em seguida. Por ora, o acompanhante não é tratado como suspeito.

    Ele é procurado pela polícia da cidade. No Canadá, segundo informou a polícia do país, a pena máxima em casos similares a esse é de 15 anos de detenção.

    OUTRO LADO

    A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) emitiu uma nota neste sábado na qual reforça que o atleta se declara inocente. No texto, a entidade diz que está cuidando do caso e que solicitou o processo às autoridades canadenses para avaliar o caso.

    Na sexta-feira (24), o diretor de polo aquático da CBDA, Marcos Maynard, afirmou que o goleiro Thye nega a acusação de abuso sexual. Segundo o diretor, a versão do atleta é a de que a relação com a jovem foi consensual.

    "Ele diz que a conheceu em um bar, foi até o apartamento da garota e os dois fizeram sexo. Ele diz que ela consentiu", afirmou Maynard.

    Outro representante da CBDA, o supervisor técnico Ricardo Cabral, que está na Rússia acompanhando a delegação brasileira que disputará o Mundial, disse que conversou com Thye e que o atleta ficou surpreso quando soube da acusação.

    "Ele ficou bem abalado, garante que não fez nada, e nós acreditamos nele", disse.

    O COB (Comitê Olímpico do Brasil) emitiu nota dizendo que "condena qualquer comportamento que envolva violência ou abuso" e que "exige de seus atletas um comportamento impecável".

    O comitê se colocou à disposição das autoridades canadenses para colaborar na apuração do caso, mesmo depois do encerramento dos Jogos Pan-Americanos.

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