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    Conselho do São Paulo aprova 3ª camisa e fundo para saldar dívidas

    DE SÃO PAULO

    29/07/2015 18h10

    Ricardo Nogueira/Folhapress
    O presidente Carlos Miguel Aidar durante treino realizado no CT da Barra Funda
    O presidente Carlos Miguel Aidar durante treino realizado no CT da Barra Funda

    O conselho do São Paulo aprovou duas mudanças inéditas para vigorarem já nesta temporada no clube: a estreia de um terceiro uniforme e um fundo financeiro constituído por torcedores ilustres para saldar a dívida de cerca de R$ 250 milhões.

    As mudanças foram aprovadas na noite de terça-feira (28) durante a reunião do conselho deliberativo, no estádio do Morumbi, em São Paulo.

    O estatuto do São Paulo autoriza apenas dois modelos de uniformes: a camisa branca com listras horizontais vermelha e preta, calção branco e meias brancas e a camisa com listras verticais pretas, brancas e vermelhas, calção preto (ou vermelho) e meias pretas.

    Sem alterar o estatuto, o conselho são-paulino concedeu "autorização especial" para que o time possa ter um modelo alternativo.

    A Under Armour, empresa responsável pela fabricação do material esportivo, apresentou na reunião uma opção e teve a aprovação de 178 conselheiros –apenas dois foram contrários.

    O uniforme, no entanto, ainda passará por outras análises e deve ser lançado oficialmente no final de outubro, e deve ser grená. Os conselheiros autorizaram o uso dele em seis jogos até a conclusão desta temporada.

    Um dos argumentos que pesou para eles liberarem a novidade é a receita com vendas. A avaliação de diretores do clube é que o terceiro uniforme pode fazer bem aos cofres do clube e por isso não deveria ser desprezado.

    O clube já teve uniforme alternativos algumas vezes, como a camisa "tingida" de vermelho em 2013, uma referência ao slogan "a cor da raça". Mas agora será uma regra.

    FUNDO DE INVESTIMENTO

    A ideia apresentada ao conselho foi de criar um Fundo de Investimento em Direito Creditório, chamado de FIDC. A meta é que ele esteja em vigor em até dois meses, ou seja, em meados de setembro.

    O projeto está sob a responsabilidade de Alex Borgeois, CEO (diretor executivo) do São Paulo, e o objetivo é reunir são-paulinos ilustres que topem investir no mínimo R$ 1 milhão.

    Quem investir, além de ajudar o clube a saldar dívidas e fazer investimentos, terá o retorno financeiro com base na variação dos CDI (Certificados de Depósito Interbancário).

    Para alavancar o fundo, o São Paulo conta com apoio do empresário Abílio Diniz, que faz parte do conselho consultivo do clube do Morumbi.

    DISCUSSÕES ADIADA

    Quem esteve presente na reunião disse à Folha que o clima foi tranquilo, sem disputa política (como havia ocorrido nos últimos encontros).

    Dois motivos ajudaram a apaziguar os ânimos: Abílio Diniz compareceu a convite do presidente, Carlos Miguel Aidar, e fez um discurso pedindo a pacificação política dentro do clube e a profissionalização da gestão.

    O outro motivo é que a discussão sobre os contratos polêmicos.

    Um dos acordos prevê o comissionamento a Far East –responsável por intermediar a vinda da Under Armour– e o de empréstimo do meia Kaká pelo Orlando City, time dos EUA, que agora cobra R$ 13,9 milhões do São Paulo.

    A discussão desses contratos e de acordos da gestão passada –feitos pelo ex-presidente Juvenal Juvêncio– foram retirados da pauta. Borgeois ficou responsável por revisar esses contratos e tentar renegociá-los.

    Só depois o assunto deve ser levado ao conselho deliberativo.

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