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    Seleção de polo aquático supera trauma com goleiro acusado de abuso

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A KAZAN (RÚSSIA)

    30/07/2015 02h00

    Satiro Sodre/SSPress
    Lance da partida entre Brasil e Croácia em Kazan
    Lance da partida entre Brasil e Croácia em Kazan

    O desfavorável 10 a 9 no placar não frustrou a seleção masculina de polo aquático, na arena em Kazan (Rússia).

    Apesar do apertado revés para a Croácia, a vitória foi "moral". Após um inesperado 9 a 9 na estreia diante da China, a equipe voltou a atuar bem, tal como na campanha de prata do Pan de Toronto e de bronze na Liga Mundial.

    O Brasil é terceiro no Grupo A e deve ratificar sua classificação para o mata-mata na sexta (31) contra o Canadá.

    O motivo da depressão brasileira na estreia tinha nome e sobrenome: Thye Bezerra.

    A acusação da polícia de Toronto de que o goleiro reserva teria abusado sexualmente de uma moradora de 22 anos de Toronto durante o Pan demorou a sair da cabeça dos atletas da seleção.

    "Naquele jogo contra a China, existia uma tensão muito grande aqui", disse o capitão do time, Felipe Perrone.

    "Era noite que não se conseguia dormir. Dos jogadores que ficaram, uns oito sonharam com o Thye, porque foi uma coisa que ficou muito presente. Mas também não podemos botar isso como desculpa. Ele está bem, a gente fez o que era possível."

    Thye deixou a delegação na sexta e voltou ao Brasil –está no Rio. Advogados da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) passaram a atuar no caso.

    Ele é tratado como procurado pela polícia de Toronto.

    Perrone chegou até a comentar que a equipe fez uma analogia com o 7 a 1 que o Brasil sofreu da Alemanha na Copa, no sentido emocional.

    "Antes do jogo contra a China, conversamos que no esporte de alto nível não se pode ficar lembrando. Não vou dizer que foi a causa [do empate], mas a seleção brasileira antes do jogo contra a Alemanha, na Copa, mostrou a camisa do Neymar [que estava lesionado] e levou o 7 a 1. Nesse alto nível, não dá para ter tanta emoção."

    O técnico do time, o croata Ratko Rudic, endossou. "Contra a China, a equipe não havia se recuperado da viagem e do caso com o goleiro. Mentalmente, não estávamos prontos para aquela partida."

    Infográfico Onde fica Kazan

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