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    Copacabana inaugura série de eventos-teste para as Olimpíadas do Rio

    FELIPE MARQUES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DO RIO DE JANEIRO

    01/08/2015 13h05

    A praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, sediou neste sábado (1) o primeiro dos seis eventos-teste para as Olimpíadas de 2016, o Circuito Mundial de Paratriatlo, que vale pontos para o ranking mundial.

    Sessenta atletas de 15 países diferentes competiram sob uma temperatura média de 28°C. Foram 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida no mesmo percurso das Olimpíadas do ano que vem. É a primeira vez na história do evento que o paratriatlo fará parte das modalidades paraolímpicas.

    A melhor posição brasileira nas classes paraolímpicas foi a sexta colocação, conquista dos atletas André Barbieri. Yasmin Martins e Tamiris Hintz. Barbieri e Martins disputaram a categoria PT2, destinada àqueles com maior grau de comprometimento das atividades motoras, e Hintz competiu na PT4, que inclui atletas com um leve grau de comprometimento das atividades motoras.

    O vencedor da competição masculina da PT4 foi o alemão bicampeão mundial Martin Schulz, seguido pelo canadense Daniel Stephan, em segundo, e o francês Yannick Bourseaux, em terceiro. Nessa classe o brasileiro mais bem posicionado foi Marcelo Collet, em décimo.

    Os ganhadores da PT2 masculina foram o russo Vasily Egorov, em primeiro, o americano Mark Barr, em segundo, e o britânico Andrew Lewis, em terceiro. O brasileiro André Barbieri foi o sexto colocado.

    Schulz ficou feliz com a vitória, mas ainda não está satisfeito. "Quero a medalha", disse.

    Ainda de manhã, as ganhadoras da classe PT4 feminina foram Lauren Steadman, da Grã-Bretanha, Grace Norman, dos Estados Unidos, e Faye Mcclelland, da Grã-Bretanha. Na PT2 feminina o trio americano formado por Hailey Danisewicz, Melissa Stockwell e Allysa Seely ficou com as primeiras posições, respectivamente.

    Pouco depois do meio-dia foi a vez da disputa dos cadeirantes na classe PT1. Apenas homens competiram: não houve inscrições femininas suficientes para a prova. O vencedor foi o australiano tetracampeão mundial Bill Chaffey. O americano Krige Schabort ficou em segundo, e Geert Schipper, em terceiro.

    Quem representou o Brasil nessa prova foi Fernando Aranha, que chegou em sétimo lugar.

    "Esse evento é uma vitória para a modalidade. Contempla uma gama muito grande de deficientes
    e coloca a gente no meio de todo mundo, aproxima do público. É sensacional", disse Aranha.

    Durante a tarde outros três brasileiros disputaram entre si a classe PT3, categoria dos atletas com um grau moderado de limitação de atividades físicas. Quem venceu foi Jorge Luis Fonseca. Na PT5 feminina, classe de deficientes visuais, a Grã-Bretanha fez dobradinha com Alisson Patrick, em primeiro, e Melissa Reid, em segundo lugar.

    Os Estados Unidos ficaram em terceiro com Patricia Walsh. No grupo masculino da PT5, apenas Espanha e Estados Unidos competiram, e a vitória ficou com o espanhol José Luis Garcia Serra.

    Para a segurança, cerca de 430 homens da guarda municipal ficaram responsáveis pelo trânsito e pelo controle público. Esse número vai aumentar para 600 no domingo (2) porque a previsão é de um público maior. De acordo com o comandante-geral da guarda, o capitão Rodrigo Fernandes, a competição transcorreu sem grandes problemas e com o apoio da população:

    "As pessoas estão colaborando, evitando vir de carro, e o estacionamento irregular, que é sempre um grande problema de eventos como esse, não se tornou um transtorno. Os transportes públicos também estão funcionando perfeitamente."

    Toda a orla da praia foi fechada para o Circuito Mundial de Paratriatlo. Das 7h às 17h, a avenida Atlântica ficou bloqueada nos dois sentidos. As avenidas Epitácio Pessoa e Henrique Dodsworth e as ruas Miguel Lemos, Djalma Ulrich e Gastão Bahiana, e as ruas perpendiculares entre a Francisco Otaviano e Rodolfo Dantas, também foram bloqueadas para a prova, e começaram a ser liberadas a partir das 15h.

    De acordo com o diretor de esportes do Comitê Organizador das Olimpíadas, Rodrigo Garcia, o saldo do evento-teste foi positivo, embora alguns aspectos técnicos tenham incomodado o público, como a distância entre a grade e a linha de chegada -as pessoas mal conseguiam ver quem cruzava a linha de chegada.

    "Precisamos fazer ajustes pequenos, mas isso é um processo que vai desde hoje até os jogos olímpicos. A natureza contribuiu, não tivemos ondas, a condição da água estava perfeita para nadar, foi um dia maravilhoso. A gente conseguiu simular tudo o que precisávamos. Vamos ver o que acontece amanhã, e em cima disso vamos poder aprimorar o nosso planejamento".

    A equipe de organização do evento-teste foi composta por 527 voluntários, 69 membros do comitê e 23 árbitros.

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