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    Jovens nadadoras americanas são máquinas de medalhas de ouro

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A KAZAN

    02/08/2015 02h00

    JuanJo Martín/Efe
    A nadadora americana Katie Ledecky, 18
    A nadadora americana Katie Ledecky, 18

    Sem o superastro Michael Phelps, que preferiu se ausentar, duas mulheres vão ancorar a equipe americana de natação no Mundial de Kazan.

    Missy Franklin, 20, e Katie Ledecky, 18, apesar de jovens, carregam nos ombros o peso de serem o porto seguro na delegação de 54 nadadores dos EUA, nação com mais medalhas em Mundiais.

    As duas são máquinas de medalhas. Com apenas uma participação olímpica cada uma, Katie e Missy somam cinco medalhas (seis de ouro).

    Em Mundiais como de Kazan, a fatura é ainda maior: a dupla soma 13 láureas.

    Missy, a mais velha, tem 11 pódios, dos quais seis na última edição (todos dourados), em Barcelona-2013, de onde saiu como principal atleta.

    A coleção particular dela deve aumentar e bem na Rússia. Nadará quatro provas individuais, entre estilos livre e costas, e três revezamentos.

    Nesta sexta-feira (31), durante entrevista coletiva em Kazan, a americana pareceu refeita de uma lesão nas costas que a prejudicou em 2014.

    "Estou muito motivada por ter retornado da lesão. A temporada de treino foi boa e me deixou confiante", afirmou.

    Se Missy é mais versátil na água e afável no trato -e distribui sorrisos nas coletivas e é expansiva-, Katie é sisuda e objetiva. Com touca e sem.

    Indagada sobre se já havia tirado a carteira de motorista, hesitou por segundos, como se uma resposta fora do tom pudesse entregar alguma vulnerabilidade. No fim, desembarga: "Não, não tirei", e desfere uma gargalhada tensa.

    Katie não quer quebrar sua aura de "invencível". A menina que explodiu nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 com uma vitória nos 800 m livre aos 15 anos não entra para perder.

    Além de Londres, ela foi ao Mundial de Barcelona e ao Pampacífico de Gold Coast e apresenta números de estarrecer. Soma dez ouros e nenhuma prata ou bronze.

    Calcada nas provas de estilo livre de meio-fundo e fundo (400 m, 800 m e 1.500 m; é recordista mundial das três), para Kazan ela incorporou ao seu repertório os 200 m livre.

    Fora essas quatro provas individuais, Katie deve participar dos revezamentos 4 x 100 m e 4 x 200 m livre. Se sua escrita pessoal se mantiver, serão seis ouros em sua conta.

    "Todas as provas são importantes para mim", disse ela.

    Novos recordes mundiais dos 400 m, que já ocorrem neste domingo, aos 1.500 m são dados como certo por quase todos, menos por ela.

    "Não gosto de fixar metas de quebra de recordes. Quero vencer as provas. Se batê-los, ótimo, se não, tudo bem."

    Seu discurso contido foi derrubado pelo próprio técnico da seleção feminina americana, Dave Salo. "Estamos bem convencidos de que Katie fará seus melhores tempos, e devem ser recordes mundiais."

    E quem precisa de Phelps?

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