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    Tabus desafiam River Plate e Tigres na decisão da Libertadores

    DE SÃO PAULO

    05/08/2015 02h00

    Já são 14 anos que a Argentina repetiu pela última vez um campeão na Copa Libertadores, com o Boca Juniors bicampeão nas edições de 2000/2001. E são 17 anos da estreia dos mexicanos no torneio, em 1998, mas que nunca venceram a taça.

    Um desses tabus cairá na noite desta quarta-feira (5), na final da 56ª edição do torneio, entre River Plate, da Argentina, e Tigres, do México, às 22h, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

    Os times voltam a se encontrar após empatarem sem gols há uma semana. Quem vencer será campeão. Novo empate levará a definição do título para a prorrogação. Se persistir, haverá pênaltis.

    Campeão em 1986 e 1996, o River Plate conta com o fator casa para suceder o San Lorenzo como campeão. Os ingressos para a final foram esgotados em poucas horas, assim que as bilheterias abriram.

    Dono da pior campanha entre os classificados na fase de grupos, o River teve uma reviravolta no torneio. Foram três vitórias, três empates e uma derrota.

    Na fase de grupos, o River havia vencido apenas uma vez. No mata-mata, derrubou o Boca Juniors —dono da melhor campanha— ao vencer em casa e empatar fora, em jogo que foi suspenso no intervalo após torcedores do rival lançarem gás de pimenta nos jogadores do River.

    Na final, encontrou o time com a segunda melhor campanha no torneio, mas conseguiu jogar bem e retornar para a Argentina com resultado favorável.

    No entanto, o time terá que superar alguns desfalques.

    O lateral direito Mercado está suspenso por cartão amarelo e deve ser substituído por Mayada. No meio de campo, Bertolo deve ficar com a vaga de Mora, lesionado e dúvida até a véspera do confronto.

    Se o River for campeão, será o 24º título dos argentinos, recordistas em taças no torneio —o Brasil tem 17. Apesar do número expressivo, os clubes do país andavam em baixa nas últimas décadas.

    De 1996 para cá, quando o River ganhou a taça pela última vez, foram seis títulos para os argentinos. Quatro deles com o Boca Juniors, um com o Estudiantes e outro com o San Lorenzo.

    No mesmo período, o Brasil teve nove times campeões. Colômbia, Equador e Paraguai tiveram um cada um.

    MEXICANOS

    A participação mexicana na Libertadores começou em 1998, com América e Chivas Gualadajara disputando uma fase preliminar com clubes venezuelanos. Já na condição que, mesmo campeões, não poderiam disputar o Mundial Interclubes por não serem de uma confederação da Conmebol.

    O mais longe que eles chegaram na estreia foi até as quartas. O River eliminou o América após empate por 1 a 1, no México, e vitória por 1 a 0, na Argentina.

    Em 2000, dois anos após a estreia, os mexicanos ganharam vagas diretas na fase de grupos e tiveram um semifinalista pela primeira vez: o América. Novamente o algoz foi um argentino, o Boca Juniors.

    Em 2001, o Cruz Azul chegou à final contra o Boca Juniors e batalhou como pôde pelo título. Derrotado por 1 a 0 em casa, venceu pelo mesmo placar na Bombonera, em Buenos Aires, mas sucumbiu na disputa por pênaltis: 3 a 1.

    Desde então, tiveram clubes nas semifinais em 2002, 2005, 2006 e 2008. Em 2010, o Chivas Guadalajara foi finalista e perdeu a taça para o Internacional.

    Ou seja, não é correto dizer que os clubes mexicanos jamais privilegiaram o torneio mais importante da América do Sul. A diferença do Tigres, terceiro finalista do país, é que a diretoria investiu pensando em levantar a taça.

    Ao menos três contratações foram feitas para o torneio: o atacante francês André-Pierre Gignac, 29, que disputou a Copa do Mundo de 2010. O mexicano Javier Aquino, 25, titular em boa parte da última edição do Campeonato Espanhol pelo Villarreal, e o atacante Ikechukwu Uche, 31, quarto maior goleador da história da seleção nigeriana, mas se recuperando de uma cirurgia no joelho.

    FICHA

    RIVER PLATE: Barovero; Mayada, Maidana, Mori e Vangioni; Kranevitter, Ponzio, Carlos Sánchez e Bertolo; Cavenaghi e Alario. T.: Marcelo Gallardo

    TIGRES: Guzmán; Jiménez, Juninho, Rivas e Nilo; Arévalo Ríos, Pizarro e Damm; Rafael Sóbis, Gignac e Aquino. T.: Ricardo Ferretti

    Estádio: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (Argentina)
    Árbitro: Darío Ubriaco (Uruguai) /Horário: 22h (de Brasília) /TV: Fox Sports e SporTV

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