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    Americana de 18 anos ruma para façanha histórica em Kazan

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A KAZAN

    05/08/2015 17h28

    A vitória nos 200 m livre nesta quarta-feira (5) aproximou a norte-americana Katie Ledecky, 18, de um feito histórico na Arena de Kazan, palco do Mundial de esportes aquáticos.

    Principal nome da competição até o momento, ela já triunfou em três provas: 400 m livre, 1.500 m livre (com direito a dois recordes mundiais) e, nesta quarta, nos 200 m livre, que eram exatamente seu maior desafio, uma vez que jamais tinha disputado a prova em nível internacional.

    Katie passou no teste, e com louvor. Com a marca de 1min55s16, ela ficou logo à frente da italiana Federica Pellegrini (campeã olímpica em Pequim-2008, que fez 1min55s32) e de sua compatriota Missy Franklin (então campeã mundial, que fez 1min55s49).

    "A caminho da prova, eu sabia que seria uma batalha, e realmente não sabia o que esperar. Nesta noite eu não estava prestando atenção no tempo e, honestamente, a prova nem foi tão rápida. Eu esperava que fosse necessário nadar na casa de 1min54s para vencer. Mas foi assim que aconteceu e eu estou feliz de ter tocado em primeiro", afirmou.

    Com a vitória, Katie desfila um recorde impressionante e um potencial feito jamais antes alcançado, pela ordem: nunca perdeu uma prova internacional de relevância e pode ser a primeira a ganhar, em um mesmo Mundial, dos 200 m livre aos 1.500 m livre.

    A única tarefa restante é vencer os 800 m livre, mas isso é praticamente uma barbada: além de recordista mundial, foi exatamente nesta distância que ela apareceu para o mundo ao conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. A prova terá eliminatórias na sexta-feira (7) e final no sábado (8).

    Ela também pode aumentar ainda mais sua coleção de medalhas no Mundial de Kazan por nadar o revezamento 4 x 200 m livre feminino, nesta quinta-feira (6).

    Em sua campanha histórica na Rússia, Katie protagonizou momentos dignos de um épico na terça. Ela conquistou o ouro nos 1.500 m livre, com direito a recorde, e em menos de 15 minutos teve de se preparar para a semifinal dos 200 m livre, na qual garantiu a duras penas vaga na final que venceria no dia seguinte.

    "Depois daquela semifinal minhas pernas pareciam geleia e meus braços doíam. Apesar disso, todas essas sensações são insignificantes quando se está tomada pela alegria depois de vencer uma prova", disse a norte-americana.

    Foi a sétima medalha de Katie em Mundiais, todas elas de ouro. Em seu currículo, ela exibe 13 pódios em competições internacionais de primeira (como Jogos Olímpicos, Mundiais e Pampacífico): são todos dourados.

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