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    Campeonato Inglês começa com os times mais ricos do que nunca

    DANIEL CASTRO
    SÃO PAULO

    08/08/2015 02h00

    Os 20 clubes que começam a disputar o Campeonato Inglês neste sábado (8) nunca estiveram em condições financeiras tão favoráveis quanto as atuais.

    Um acordo recorde pelos direitos de transmissão do torneio, no valor de 5,1 bilhões de libras (R$ 27,7 bilhões em valores atuais) por três temporadas, começa a valer no ano que vem.

    A garantia de que a verba de televisão aumentará em 70%, porém, já faz diferença na atual janela de transferências do mercado europeu.

    Até sexta (7), os times da Premier League (primeira divisão inglesa) haviam investido cerca de 740 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões) em contratações, segundo o site alemão Transfermarkt, especializado em negociações.

    Nas primeiras divisões da Itália e da Espanha, as equipes gastaram cerca de 60% desse valor. O período de compra e venda na Europa vai até o fim de agosto.

    Entre as principais ligas europeias, a inglesa é a única que começa com pelo menos quatro favoritos ao título: Chelsea (atual campeão), Manchester City, Arsenal e Manchester United.

    Querendo entrar neste grupo, o Liverpool foi quem mais gastou, cerca de 111 milhões de euros (R$ 426,9 milhões). Boa parte da cifra bancou as chegadas do atacante belga Christian Benteke e do brasileiro Roberto Firmino.

    A novidade para a temporada 2015/16 é que os times considerados médios também estão mais fortes e podem surpreender. Das 20 maiores contratações do país, metade foi feita por clubes que não estão, pelo menos por enquanto, entre as principais forças do Inglês.

    A mais surpreendente foi a compra do meio-campo francês Yohan Cabaye, que estava no Paris Saint-Germain e disputou a Copa de 2014, pelo Crystal Palace, 10º colocado na temporada passada.

    FATIAS IGUAIS

    Muito dinheiro –recebe mais do que as ligas alemã, italiana e espanhola juntas– e uma divisão igualitária da verba de TV fazem com que a Premier League seja cada vez mais poderosa, ameaçando o equilíbrio no continente.

    A maior parte do valor recebido pelos clubes vem de uma cota base, igual para todas as equipes. O desempenho na temporada anterior e a quantidade de jogos transmitidos também influenciam, mas não causam disparidades no total recebido.

    Relatório de janeiro da consultoria inglesa Deloitte sobre os campeões de arrecadação no mundo, em janeiro, mostrou que os 20 times da Premier League estão entre os 40 primeiros da lista.

    "Isso reflete o grande interesse em todo o mundo por essa liga e também a equidade na distribuição de receitas, beneficiando esses clubes em comparação aos outros europeus", disse Austin Houlihan, consultor da Deloitte, à época da divulgação do estudo.

    INGLATERRA NO BRASIL

    No Brasil, a Premier League também cresce. De acordo com a ESPN, canal de TV por assinatura que divide a transmissão do torneio com a Fox Sports, a última temporada teve 149% a mais de audiência do que a anterior.

    Na média, só fica atrás do Espanhol, puxado pelos jogos de Barcelona e Real Madrid e seus craques. O Chelsea tem a terceira maior audiência do canal entre os europeus, perdendo para a dupla espanhola.

    O vice-presidente da Fox no Brasil, Eduardo Zebini, afirma que o Inglês é "um dos campeonatos mais organizados do mundo, que tem atraído cada vez mais o público brasileiro". A emissora, contudo, não revela a audiência das transmissões.

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