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    Desmontagem de piscina de Kazan vai durar um mês e meio

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A KAZAN

    09/08/2015 16h30

    François Xavier Marit/AFP
    Vista da estrutura aquática do Mundial na Arena de Kazan, na Rússia
    Vista da estrutura aquática do Mundial na Arena de Kazan, na Rússia

    Erguida dentro da Arena de Kazan, palco de seis partidas da Copa do Mundo de 2018, a estrutura aquática do Mundial de Esportes Aquáticos começa a ser desmontada nesta segunda-feira (10), após uma festa na piscina conduzida por DJ's (a chamada "pool party").

    A desmontagem das piscinas principal e de aquecimento e das arquibancadas temporárias vai durar um mês e meio, de acordo com Ranko Tepavcevic, secretário geral da entidade que organizou a competição. Em dois dias, a água será removida de ambas.

    O gramado só deve ser recolocado em março. A equipe do Rubin Kazan usa o estádio, mas vai mandar seus jogos em outra arena até lá.

    A estrutura montada dentro da Arena de Kazan ficou na casa de dezenas de milhões de dólares. Embora Tepavcevic recuse dar números, apenas as duas partes provisórias que integram o teto consumiram cerca de R$ 10 milhões.

    Apesar do alto custo para montar a instalação, o dirigente afirmou que foi a melhor solução encontrada. "O custo da construção é significativo, mas insignificante se tivéssemos que construir uma piscina nova. Gastaríamos 10, 20 vezes mais", comentou.

    A ideia de adaptar um estádio de futebol para receber as provas de natação nasceu em 2011, quando a cidade foi eleita sede do Mundial de Esportes Aquáticos de 2015. Ali, já foi apresentada uma proposta sobre a estrutura, que seria inédita. "Era uma ideia clara do que queríamos. Levou muitas e muitas reuniões com a Fina [Federação Internacional de Natação] para definir os detalhes", contou Tepavcevic.

    A concepção também se valeu da inauguração da Arena de Kazan, em julho de 2013, que funcionou como palco principal da Universíade de 2013 e é umas primeiras sedes prontas para a Copa de 2018 – receberá seis jogos entre primeira fase, oitavas de final e quartas de final.

    "Nós tínhamos o Palácio Aquático [parque aquático construído para a Universíade], checamos os requerimentos e chegamos a essa ideia de colocar dentro do estádio. É um lindo estádio, com várias possibilidades e um centro de imprensa com 425 assentos", afirmou o secretário.

    A organização singular fez o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 enviar responsáveis por suas competições aquáticas, entre eles o ex-nadador Ricardo Prado, para observar as instalações.

    É bem verdade que houve problemas. Devido às brechas na cobertura, em um dia das competições de nado sincronizado choveu dentro da Arena de Kazan, o que obrigou juízes a usarem guarda-chuva para se protegerem em meio às apresentações.

    Em meio a tantos eventos, Kazan já se autodenomina a capital do esporte na Rússia. "Recebemos constantemente eventos. Mundial de esgrima, Mundial júnior de levantamento de peso, Campeonato Europeu de badminton, Mundial júnior de atletismo no próximo ano. Nós nos declaramos uma cidade competente", finalizou Tepavcevic.

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