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    Mesmo após vexame, diretoria do São Paulo não cogita trocar técnico

    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    21/08/2015 13h11

    Prestes a completar três meses no comando do São Paulo, o técnico colombiano Juan Carlos Osorio vive os dias mais difíceis da sua gestão. Foram duas derrotas consecutivas no Morumbi: Goiás por 3 a 0, no último sábado (15), pelo Brasileiro, e Ceará por 2 a 1, na quinta (20), pela Copa do Brasil.

    A última em particular deixou muitos torcedores irritados e a diretoria também. O rival na Copa do Brasil é o lanterna da Série B do Brasileiro, com apenas três vitórias em 19 jogos. Teve 12 desfalques, um time mesclado com muitos jogadores da base, mas ainda assim saiu vitorioso no duelo.

    Após a derrota, Osorio disse que sente-se seguro no cargo. A Folha apurou que o treinador tem motivos para isso. Não há nenhum movimento na diretoria para demiti-lo neste momento.

    A avaliação pode mudar daqui a uma semana, no entanto. O São Paulo terá dois jogos chaves. No domingo (23), visita o Flamengo, no Rio, pelo início do returno do Brasileiro. Na quarta (26), volta a enfrentar o Ceará, dessa vez em Fortaleza, em disputa por vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.

    Derrota no Brasileiro e eliminação na Copa do Brasil podem mudar os planos da diretoria. Até porque a Copa do Brasil é uma prioridade do clube, que vê na disputa um caminho mais rápido para conquistar vaga na próxima edição da Libertadores, além de ter uma taça nesta temporada.

    ALVO MEXICANO

    Mas há também uma chance de Osorio decidir sair. Isso porque a federação mexicana está decidida a conversar com o treinador para ele assumir a seleção local, segundo publicou o diário "As", do México, na noite de quinta-feira.

    O técnico brasileiro Ricardo Ferretti atualmente dirige o México, mas de forma interina –ele substituiu o demitido Miguel Herrera. O brasileiro deve fazer quatro partidas, pois a federação espera definir o novo treinador em breve.

    Osorio comentou a possibilidade, mas disse não ser nada certo.

    "Algo concreto, não [tem]. Com frequência falo de futebol com muita gente, e creio que lá [no México] há pessoas que valorizam o trabalho, mas estou bem aqui, concentrado no meu trabalho no São Paulo", disse o treinador, que comandou o Puebla, do México, por três meses em 2011.

    Ele foi demitido após uma sequência ruim: duas vitórias, dois empates e três derrotas.

    A diretoria são-paulina também não crê que o interesse mexicano represente uma ameaça.

    A motivação do treinador em comandar o São Paulo está relacionada à ambição que ele alimenta de um dia treinar a seleção colombiana. O técnico crê que um bom trabalho no Brasil o credenciaria para isso.

    No entanto, Osorio já sente desgaste. Ao chegar, não imaginaria perder sete atletas: os zagueiros Paulo Miranda para o Red Bull, da Áustria, e Dória, que retornou ao Olympique, os volantes Souza para o Fenerbahce, da Turquia, e Denilson para o Al Wahda, dos Emirados Árabes, o meia Boschilia para o Monaco, da França, e os atacantes Cafu para o Ludogorets, da Bulgária, e Ewandro para o Atlético-PR.

    Outros dois ainda podem sair: o zagueiro Rafael Toloi tem proposta da Atalanta, da Itália, e o atacante Alexandre Pato, que pertence ao Corinthians, é sondado por equipes da Europa.

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