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    Sem queixas, lixo provocou capotagem e mudança de raia na vela

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    22/08/2015 18h16

    O evento-teste da vela para a Olimpíada de 2016 terminou neste sábado (22) com poucas queixas de atletas e dirigentes sobre a baía de Guanabara. Apesar do sucesso,o lixo provocou capotagem e mudança de local de competição.

    A dupla brasileira de vela Samuel Albrecht e Isabel Swan capotou na quinta-feira (20) durante a disputa da classe Nacra 17 por causa de um plástico no espelho d'água. 

    O acidente, relatado pelo ex-velejador Lars Grael, membro da comissão técnica da equipe de vela, ocorreu numa das três raias fora da baía de Guanabara.

    "Um saco plástico prendeu no leme e desarmou a trava. O barco saiu do rumo e aí houve a capotagem", disse o ex-velejador, duas vezes medalhista olímpico.

    Segundo Grael, a dupla conseguiu seguir na prova. Eles já não tinham chance de chegar à regata da final, disputada neste sábado (22). Albrecht e Swan ficaram em 15º. A dupla não foi localizada para comentar o episódio.

    Grael afirmou que houve outros relatos de problemas com lixo, mas pontuais. Ele disse que havia pouco detrito flutuante na baía graças à ausência de chuvas fortes.

    "A qualidade da água está aquém do ideal. Mas não foi aquela lixarada que temíamos", disse Grael.

    O gerente de competições da Isaf (federação internacional de vela), Alastair Fox, afirmou que é comum esse tipo de acidente em regatas em todo o mundo.

    "Em qualquer lugar do mundo tem lixo. Nosso objetivo é tornar o local de competição o mais justo possível. Mas competimos num ambiente natural. Muita coisa pode acontecer", disse o dirigente da Isaf.

    Fox afirmou que na quinta-feira, mesmo dia do acidente com a dupla brasileira, a organização decidiu tirar as competições da raia próxima à ponte Rio-Niterói por causa do lixo. No dia anterior, havia chovido.

    Este foi o primeiro relato público de prejuízo ao desempenho de um barco. Além da ausência de chuva, favoreceu à competição o regime de marés no período das regatas.

    Na maioria dos casos, a água estava entrando na baía, o que evita o carreamento de detritos que vêm dos rios da Baiaxada Fluminense.

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