• Esporte

    Sunday, 19-May-2024 12:14:59 -03

    Medina perde a final no Taiti, mas obtém seu melhor resultado no ano

    DE SÃO PAULO

    25/08/2015 18h09

    O paulista Gabriel Medina, 21, foi derrotado pelo francês Jeremy Flores, 27, nesta terça-feira (25), na final da sétima etapa do Mundial de surfe, em Teahupoo, no Taiti, Polinésia Francesa.

    Apesar do vice, Medina tem o que comemorar, já que este é o seu melhor resultado no ano.

    O surfista de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, tinha até então um quinto lugar em Bells Beach, na Austrália, e outro em Jeffreys Bay, na África do Sul, como os seus principais resultados na temporada.

    Mesmo com o segundo lugar, Medina sai do meio da classificação e se aproxima do pelotão de frente. Soma agora 24.150 pontos e está em décimo lugar.

    O líder é Adriano de Souza, o Mineirinho, que, apesar de ter sido eliminado na terceira fase em Teahupoo, se manteve no topo com 34.950 pontos. O australiano Mick Fanning (34.700) está em segundo, seguido pelos compatriotas Owen Wright (34.400) e Julian Wilson (33.200) e o brasileiro Filipe Toledo (33.200).

    A vantagem de Mineirinho ainda é grande, mas Medina ganha fôlego para a temporada. Mais do que isso, mostra que está de volta à velha forma depois de resultados decepcionantes.

    Em Teahupoo, o paulista teve uma bateria memorável contra o americano John John Florence, na terceira fase, na qual venceu por 19.00 a 18.84.

    Depois, chegou a ter um 9.97 na quarta rodada, quando eliminou Bruno Santos, especialista nos tubos de Teahupoo, e Ítalo Ferreira. Tanto nas quartas como na semi, avançou sem sustos.

    Na decisão contra Flores, porém, encontrou um mar em transformação, difícil para surfar. E o francês teve uma sorte maior. Logo no início, encontrou uma onda quase perfeita e ganhou 9.87 dos juízes para colocar o brasileiro nas cordas.

    Medina chegou a pegar duas ondas, mas desistiu no meio do caminho, pois não tinham boa capacidade para um tubo, manobra que mais conta em Teahupoo, que é quando o surfista se posiciona para ficar debaixo da onda em forma de tubo e tenta sair antes que ela se feche.

    O paulista foi frio, guardou a sua prioridade o máximo que pôde, até chegou a receber um 7.17 já na parte final da bateria, mas viu Flores responder com um 7.00 e fechar o duelo com 16.87 pontos contra 13.20 de Medina, que lutava pelo bi no Taiti.

    No ano passado, ele conquistou o título ao bater na final o americano Kelly Slater, 11 vezes campeão do mundo, por apenas três centésimos.

    "Eu acho que cometi alguns erros no começo da bateria e não tive muitas oportunidades. Mas estou muito feliz com a segunda posição e de estar novamente no pódio", disse Medina logo após a final.

    Para Flores, foi a vitória da superação. Ele ficou de fora da etapa de Jeffreys Bay por causa de uma lesão sofrida enquanto surfava na Indonésia, em junho. Em Teahupoo, surfou com um capacete, pois ainda se recupera de duas fraturas no rosto e um coágulo na cabeça.

    "Foi muito difícil, mas estou muito feliz. Gabriel é muito técnico, porém, eu consegui uma boa onda logo no início e recebi um 9.87", afirmou Flores.

    Restam ainda outras quatro etapas para o fim do Mundial. A próxima acontece em Trestles, na Califórnia, nos Estados Unidos, entre os dias 9 e 20 de setembro.

    Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024