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    Em 2016 vai ser mais difícil, diz cubana que tirou ouro de Murer

    JOHANNA NUBLAT
    EM PEQUIM

    26/08/2015 16h00

    A brasileira Fabiana Murer, 34, conseguiu repetir a melhor marca da carreira e levou a prata no salto com vara do Mundial de atletismo de Pequim, nesta quarta-feira (26).

    Repetindo o resultado do Pan de Toronto, no mês passado, Fabiana foi vencida pela cubana Yarisley Silva. Dessa vez, no entanto, as duas saltaram mais alto –Yarisley chegou a 4,90 m e Fabiana conseguiu 4,85 m, marca que só tinha alcançado em 2010 (no Ibero-Americano de San Fernando) e 2011 (quando foi ouro no Mundial de Daegu).

    O bronze de Pequim foi para a grega Nikoléta Kyriakopoúlou, que saltou a 4,80 m.

    Algoz de Fabiana Murer no Mundial de atletismo, a cubana Yarisley Silva diz que espera a brasileira mais bem preparada para a disputa dos Jogos Rio-2016.

    Para Yarisley, a Olimpíada será "emocionante" e possivelmente terá resultado semelhante.

    "Sei que a Fabiana vai estar muito preparada, mais do que está agora", avalia.

    A rodada de saltos a 4,70 m foi um dos momentos mais tensos da competição, pois quase deixou de fora a cubana. Enquanto Fabiana acertou o primeiro salto, Yarisley só conseguiu ultrapassar o sarrafo na terceira e última tentativa.

    Fabiana chegou a liderar a prova, mas não conseguiu saltar a 4,90 m, o que deu a vitória à cubana. Sozinha, Yarisley ainda tentou passar o sarrafo a 5,01 m, mas sem sucesso. "Não foi dessa vez. Sinto que posso fazê-lo a qualquer momento", disse.

    Yarisley e Fabiana devem se encontrar nas pistas antes dos Jogos Rio-2016, mas ambas estão de olho mesmo é na medalha olímpica. Das duas, apenas a cubana já subiu ao pódio dos Jogos –prata em Londres-2012.

    "Ano que vem vai ser o último [em que vou competir]. Quero terminar com uma medalha olímpica, não importa a cor", disse a brasileira.

    Questionada sobre quem seria sua grande adversária nos Jogos, Fabiana diz ser cedo para essa avaliação. O marido e técnico, Elson Miranda, dá uma resposta semelhante. "Não dá para dizer. Até ano passado, a cubana não estava fazendo muito".

    Fabiana ainda cita a possibilidade de competir, no Rio, com a bicampeã olímpica Yelena Isinbaeva, afastada para o nascimento da filha. "Ela pode estar na faixa dos 4,90 m, 5,0 m, não sei como ela vai voltar".

    Sobre o fraco desempenho dos brasileiros no Mundial até aqui, Fabiana afirmou ser difícil dizer "o problema do Brasil".

    "O Brasil está crescendo, temos investido para as Olimpíadas, mas atletismo é difícil () Tenho muita experiência na carreira, acho que fez a diferença para mim".

    LEMBRANÇAS DE 2008

    Fabiana afirmou que, ao entrar no estádio Ninho de Pássaro nesta quarta, não pensou na frustração que sentiu no mesmo local, há sete anos, durante a Olimpíada de Pequim. Em 2008, uma das varas com que a atleta saltaria sumiu, e Fabiana amargou apenas a décima posição.

    O sumiço da vara, como ficou conhecido o episódio, é descrito dramaticamente no site oficial da saltadora. "Depois disso, a brasileira não podia ouvir falar da China –nem mesmo as lembrancinhas que trouxe queria distribuir", diz o texto.

    "[Agora] entrei com uma experiência diferente, já se passaram muitos anos. Mas a sensação foi a mesma quando entrei para a final [em 2008], que eu ia ter uma medalha. Lógico, a saída agora é bem diferente", comemorou Fabiana ao final da competição.

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