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    Aprendi a fugir de 'botinadas' na várzea, diz Gabriel Jesus

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    31/08/2015 15h37

    Marcello Zambrana/AGIF/Folhapress
     Gol de Gabriel Jesus - Partida entre Palmeiras e Joinville, válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol 2015, no Allianz Parque
    Gabriel Jesus comemora gol marcado contra o Joinville, pelo Campeonato Brasileiro

    Nesta segunda-feira (31), o atacante Gabriel Jesus concedeu a primeira coletiva de sua carreira no Centro de Treinamento do Palmeiras, na Barra Funda –ele só havia participado de evento semelhante quando foi apresentado no clube, em espaço na Faculdade das Américas, um dos patrocinadores do clube.

    Tímido, o jovem jogador, que marcou quatro gols nos últimos dois jogos do Palmeiras (contra Cruzeiro e Joinville ), não desviou das perguntas, a despeito do tom baixo de sua voz e dos punhos cerrados, demonstrando certo nervosismo.

    Na coletiva, ele voltou a citar o trabalho forte como base de seu futebol e seu desejo de ser ídolo do clube, como disse em entrevista à Folha publicada no sábado (29).

    "Eu venho trabalhando forte nos treinos desde o tempo que não estava jogando, me dedicando ao máximo para aperfeiçoar meu futebol. Para mim, nunca está bom, sempre tem o que melhorar", disse Gabriel.

    "Meu foco é no Palmeiras, minha vida é o Palmeiras hoje. Eu sou muito grato, o clube me abriu as portas para mostrar meu futebol e realizar meu sonho. Sou muito feliz no Palmeiras, por sua grandeza. Não penso em ir para outro lugar", completou, dizendo que não pensa em sair logo do time.

    "Não quero ser só jogador, quero ser ídolo, e para isso você tem que ficar muitos anos", afirmou.

    Sobre a marcação mais dura dos adversários que deve acontecer após a repercussão dos últimos jogos, ele não se mostrou preocupado.

    "De onde eu venho [Jardim Peri, na zona norte de São Paulo], é difícil ser intimidado... Por cada coisa que passei, é difícil me intimidar. Ontem [contra o Joinville] veio um tentar, mas eu respondi: 'tá bom, vou jogar meu futebol", explicou.

    "Com 15 anos, eu levava botinada de marmanjo na várzea. Eu aprendi muito na várzea: a ser malandro de bola, a sair de uma jogada que você pode correr um risco maior", disse.

    Apesar de toda a badalação em torno de seu nome depois dos gols, o jogador foi contido ao explicar como se descreveria.

    "[Gabriel] é um menino. Apesar da cara de bravo, é brincalhão, gosta de dar risada, não importa o que aconteça. Vem de um bairro humilde, com uma mãe que soube cuidar muito. Gosta de ir para cima, dar chapéu e fazer gols", concluiu.

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