O presidente Carlos Miguel Aidar apresentou nesta sexta (4) o plano de profissionalização para o São Paulo. Divulgado como inovador, o novo modelo de funcionamento da diretoria do Morumbi tem poucas mudanças, seguindo o que outros clubes já fazem há algum tempo, com executivos remunerados nas principais áreas, como futebol, financeiro e marketing.

A principal novidade é a presença de um CEO no organograma da gestão do clube —Alexandre Bourgeois, que já é funcionário do São Paulo desde junho.

O executivo, no entanto, passa por fritura interna e chegou a ser ironizado por Aidar durante a entrevista. Pessoas de confiança da atual gestão dizem que ele não deve seguir no cargo.

"O projeto do CEO está aqui, é longo para te detalhar. São metas audaciosas, quero só ver como ele vai cumprir isso. Só isso que eu quero saber. Há coisas aqui fantásticas. Por exemplo: 'fazer do São Paulo o lugar desejado pelos melhores profissionais'. No discurso é perfeito. Mas como vai fazer isso?", afirmou Aidar.

A ironia ficou evidente e foi comentada por outros diretores após o fim da coletiva. Bourgeois, procurado pela reportagem, comentou o discurso de Aidar.

"Não vi ironia. O presidente usa sempre um tom amigável em seus discursos. Faz sempre brincadeiras comigo", disse o CEO do São Paulo à Folha.