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    Indicada por Dilma diz que povo não sabe o que se passa com a Olimpíada

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    09/09/2015 15h55

    Nomeada em junho para ser a presidente do Conselho Público Olímpico, a empresária Luiza Trajano criticou nesta quarta-feira (9) a forma como o governo divulga as ações que realiza na preparação dos Jogos do Rio.

    Indicada pela presidente Dilma Rouseff, a quem é muito ligada, a proprietária da rede de lojas Magazine Luiza fez a critica durante o 5º Fórum Nacional do Esporte, realizado em um hotel de São Paulo.

    "O povo não sabe o que está passando lá dentro [da organização dos Jogos]. Eles não sabem falar a língua do povo. Se um dia eu sair [do conselho] vai ser por falta de comunicação educativa, comunicação transparente. Falo isso para eles e dizem que está tudo no site. Mas ninguém sabe o que tem no site. Vão falar que estamos gastando R$ 38 bilhões na Olimpíada, mas não estamos. Precisa se comunicar melhor. Se não, vamos tomar passeata na cabeça sem saber", afirmou a empresária.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    A empresária Luiza Trajano durante sabatina promovida pela Folha, no Teatro Folha, em 2013
    A empresária Luiza Trajano durante sabatina promovida pela Folha, no Teatro Folha, em 2013

    Luiza já participava das discussões sobre a Olimpíada no conselho-diretor do comitê organizador, onde já era considerada, na prática, o canal direto com a presidente antes mesmo de assumir o cargo em junho.

    O Conselho Público Olímpico é a instância máxima da APO (Autoridade Pública Olímpica), que é um consórcio cuja função é monitorar as obras e ações para os Jogos. Cabe à APO ser o elo entre todos os entes envolvidos na organizações do megaevento (prefeitura, governo do Estado do Rio e governo federal).

    Quem também discursou no evento organizado pelo Grupo Lide foi o diretor geral do Comitê Rio-2016, Sidney Levy. Ele explicou para o público, majoritariamente de empresários, por exemplo, como funciona o orçamento olímpico (citado por Luiza Trajano): R$ 24 bilhões referentes a políticas públicas e legado (investimento 43% privado), R$ 6,67 bilhões da matriz de responsabilidade (64% privado) e R$ 7,4 bilhões do Comitê Rio-2016 (100% privado).

    "Os Jogos de 2016 tem que ser limpos. Não pode ter Petrolão, Mensalão", disse Levy. "O principal legado de todos que vão ficar é a reputação do brasileiro. Mostrar que tem gente no país que pode meter a mão em R$ 8 bilhões de maneira justa", completou.

    Levy e Luiza trocaram elogios entre si e a respeito da organização dos Jogos de 2016 durante as apresentações.

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