O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou pedido de mandado de segurança da CBF e vetou a abertura dos contratos de patrocínio da entidade na CPI do Futebol.
Os parlamentares já fizeram até agora três requerimentos para ter acesso aos documentos da entidade. O que foi vetado nesta sexta-feira (11) pelo ministro Marco Aurélio Mello era um pedido do relator da comissão, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele pediu a entrega de papéis referentes a relação da renda obtida com bilheteria e comercialização de direitos de transmissão dos jogos da seleção, acordos com patrocinadores desde 2002, relação dos recursos recebidos da CBF em decorrência de acordo com a Fifa referente à organização da Copa do Mundo de 2014.
A CBF argumenta que os contratos têm cláusula de confidencialidade e, por isso, não podem vir a público.
Nesta quinta-feira (10), a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entrou com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para não ter de cumprir requerimentos aprovados na CPI. Essa é a terceira solicitação –há ainda uma feita pessoalmente em nome do presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.
Nesta terceira solicitação, a entidade tenta convencer o Supremo, especificamente, de não ter de levar à comissão os seus movimentos financeiros e pagamentos a dirigentes, argumentando que não há motivo para isso até o momento, que a fase de investigação é embrionária e que a confederação é privada e não recebe dinheiro público.
É feito um pedido de concessão de liminar para que a CBF seja o mais rápido possível desobrigada a cumprir esse item.
Desta vez, há um pedido especial por parte da defesa da confederação: de que os documentos possam ser entregues lacrados para a CPI e que eles fiquem sob a guarda do senador Romário, que é o presidente, até o julgamento final do mérito dos seus pedidos no STF.
A CBF solicita também que o Supremo dê uma decisão proibindo que os documentos por ela entregue sejam remetidos ou divulgados para outras pessoas ou órgãos.
Na semana passada, o secretário geral da entidade, Walter Feldman, chegou a ir a Brasília entregar esses documentos, como disse à Folha. Eles, no entanto, pararam nas mãos do diretor institucional, Vanderbergue dos Santos Machado, que avaliou que era melhor esperar.
"Eu levei lá, mas o diretor institucional avaliou que era melhor aguardar um pouco para completar essa documentação e também para esperar a decisão da Justiça", afirmou Feldman à reportagem.
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