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    Corrupção no futebol

    Blatter cancela de última hora coletiva após reunião da Fifa

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

    25/09/2015 10h08

    O presidente da Fifa, Joseph Blatter, cancelou nesta sexta-feira (25) de última hora a tradicional entrevista coletiva que costuma conceder após reunião do comitê executivo da entidade.

    Dezenas de jornalistas internacionais credenciados com antecedência para a entrevista foram informados do cancelamento na porta da sede da Fifa, em Zurique, na Suíça.

    Diante do cancelamento da entrevista, a Fifa divulgou apenas um comunicado sobre os principais pontos abordados pelo comitê executivo, que se reuniu quinta (24) e sexta.

    A entidade diz que decidiu-se pela aprovação do calendário do congresso a ser realizado em fevereiro que vai eleger o novo presidente. O comitê ouviu ainda um relato do advogado François Carrard, que comanda o grupo de reformas criado em meio ao escândalo que atinge a entidade desde maio.

    Carrard informou que mais detalhes das mudanças em curso serão discutidos somente em dezembro. Entre as medidas que devem ser aprovadas estão a limitação de mandatos de cartolas, uma espécie de requisito de "ficha-limpa" para ser dirigente e a divulgação de salários das confederações e federações.

    A eleição de fevereiro foi convocada após Blatter anunciar, no dia 2 de junho, que deixaria o posto apenas quatro dias depois de ser reeleito por mais quatro anos.

    O dirigente foi pressionado a abandonar o cargo em meio às denúncias de corrupção investigadas pelas autoridades americanas. O favorito para a disputa é o presidente da Uefa, Michel Platini, único candidato com força até agora. O brasileiro Zico lançou-se, mas tem tido dificuldade em obter apoios.

    Na reunião desta sexta, os membros do comitê confirmaram ainda, por exemplo, que o próximo encontro deles, em dezembro, vai ocorrer na cidade suíça e não mais no Japão, sede do Mundial de Clubes, como previsto anteriormente.

    Temendo ser alvo de um pedido de prisão das autoridades americanas, que investigam esquema de corrupção no futebol, Blatter tem evitado deixar a Suíça, onde reside.

    O comitê executivo é o principal colegiado da Fifa.

    Integrante do órgão, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, faltou pela terceira vez seguida a uma reunião deste tipo. Assim como Blatter não quer sair da Suíça, o dirigente brasileiro teme sair do Brasil depois que seu antecessor, José Maria Marin, foi preso em maio, em Zurique, numa operação que deteve outros seis cartolas da Fifa.

    Na entrevista desta sexta, Blatter falaria pela primeira vez sobre o afastamento de Jerôme Valcke da secretaria-geral da entidade após suspeitas de envolvimento dele num esquema de venda de ingressos para a Copa.

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