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    Clássico no Morumbi confronta escola brasileira e europeia, diz ex-meia Alex

    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    27/09/2015 02h00

    O ex-meia Alex, 38, que defendeu Coritiba, Cruzeiro e Palmeiras, entre outros clubes na carreira, vê no clássico deste domingo (27), no Morumbi, um confronto entre a escola brasileira e a europeia. Ele refere-se ao estilo de jogo dos técnicos de Palmeiras, Marcelo Oliveira, e São Paulo, Juan Carlos Osorio.

    Hoje comentarista dos canais ESPN, Alex diz que não tem preferência por um só estilo. Gosta dos dois treinadores. Pudera. Além de ter atuado por dez anos no Brasil, jogou outros dez na Europa –no Parma, da Itália, e no Fenerbahce, da Turquia.

    "Eu gosto do trabalho dos dois técnicos. Eles são distintos, têm filosofias diferentes, mas estão conseguindo colocar para os jogadores deles o que eles pensam sobre o futebol. Isso é o mais importante no trabalho de um técnico. E os dois têm conseguido dar resultado", disse Alex à Folha.

    O ex-jogador ainda recordou da última vez que o Palmeiras venceu o São Paulo no Morumbi. Foi em 20 de março de 2002 pelo extinto Torneio Rio São-Paulo. O time alviverde venceu por 4 a 2, com um golaço de Alex. Ele deu dois chapéus, um deles em Rogério Ceni, antes de concluir para o gol.

    *

    Folha - Como vê o confronto atual entre São Paulo e Palmeiras?
    Alex - Vai ser um jogo muito legal, com dois times que brigam para terminar a rodada no G4. O Palmeiras vem de um bom jogo contra o Internacional pela Copa do Brasil. Conseguiu um empate no Beira-Rio, um resultado importante. Já o São Paulo deu um passo enorme para se classificar com a vitória sobre o Vasco. Quem estiver no Morumbi vai ver uma boa partida. É o jogo da rodada. Duas equipes boas e em um momento interessante.

    Qual a analise do trabalho dos técnicos? Você gosta?
    O Marcelo Oliveira tem a filosofia da escola brasileira, mantém uma equipe base, entrosamento. O Juan Carlos Osorio é da escola europeia, com o rodízio de titulares. Eu gosto do trabalho dos dois. São distintos, têm filosofias diferentes, mas estão conseguindo colocar para os jogadores deles o que eles pensam sobre o futebol. Os dois têm dado resultado.

    O clássico tem favorito?
    Impossível. É um clássico. Dou 51% de chances para o São Paulo e 49% de chances para o Palmeiras. Esse 1% a mais que dou para o São Paulo é porque o jogo é no Morumbi. O fator casa é importante. Ainda assim um clássico não tem favorito.

    Quais os destaques individuais dos times?
    Pato vive um momento mágico no São Paulo. O segundo gol dele contra o Vasco mostra isso. O Ganso constrói toda a jogada para o Luis Fabiano concluir. O Pato acompanha e aproveita a sobra na área para fazer o gol. Isso só acontece quando as coisas estão dando muito certo. Vejo o Pato buscando o espaço dele para ser lembrado na seleção. Acho que nunca teve uma temporada com tantos gols. Tem ajudado o São Paulo nesse sentido.

    No Palmeiras, o Dudu tem feitos jogos muito bons, é um dos destaques, mas ele não joga domingo.
    Mas não gosto de fazer destaques individuais. Acho o coletivo mais interessante. E o Pato e o Dudu têm bons parceiros. São Paulo e Palmeiras têm jogadores de bom nível. Apesar de o Osorio mudar muito o time titular, acredito que contra o Vasco ele montou um São Paulo muito forte, com os principais jogadores que têm. Como venceu com folga [3 a 0], imagino que ele vai repetir a escalação contra o Palmeiras e fazer uma equipe diferente para o próximo jogo contra o Vasco, no Rio. Contra o Palmeiras vale a vaga no G4.

    O que espera coletivamente?
    Os dois clubes têm jogado em um ritmo bom, buscando a última vaga no G-4. Ainda que oscilem um pouco, são equipes fortes. Será um jogo de ataques fortes, que vão exigir muito dos defensores.

    A última vitória do Palmeiras no Morumbi foi há 13 anos, jogo em que você deu um chapéu em Rogério Ceni.
    A recordação mais forte que tenho é que naquele jogo o São Paulo vinha em um momento melhor, ganhando de todos no Torneio Rio-São Paulo, enquanto nós, do Palmeiras, vínhamos capengando, com dificuldade. Isso que prova que um clássico iguala todos. Naquela noite, o São Paulo era para ser o dono da partida, mas quando se deu conta nós já vencíamos por 3 a 0, uma prova de que a estratégia montada pelo Vanderlei Luxemburgo estava correta.
    Tenho uma boa lembrança do gol que fiz. Foi o mais bonito da minha carreira, não acontece um gol como aquele a qualquer momento. Ficou marcado também pela beleza do gol, a plasticidade dele.

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