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    Aidar receberá advertência formal de conselheiros do São Paulo

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    28/09/2015 13h25

    Uma "moção de desconfiança" será apresentada para o presidente Carlos Miguel Aidar na noite desta segunda-feira (28), na reunião do Conselho do São Paulo, que acontecerá no Morumbi.

    Trata-se de uma advertência com críticas a uma série de atitudes tomadas pelo mandatário do clube, desde que assumiu o cargo, em abril do ano passado. Cerca de 50 conselheiros já assinaram o documento –são 240 no total.

    "Temos 50 assinaturas e vamos conseguir mais lá no Morumbi, no final do dia, antes da reunião. É um cartão amarelo para o Carlos Miguel Aidar. É uma forma de avisar o presidente de que ele tem de colocar o São Paulo no lugar certo. Se isso não acontecer, os conselheiros vão tomar outras providências", afirmou Roberto Natel, que foi diretor do mandato de Juvenal Juvêncio, em contato com a Folha.

    "Não queremos que tenha uma Lava Jato no São Paulo. E os conselheiros vão fazer tudo que puderem para evitar que isso aconteça. Queremos o clube no caminho certo, fora das páginas que não sejam de esporte", completou, fazendo referência ao escândalo de corrupção que envolve o governo federal e empreiteiras.

    A moção, no entendimento dos articuladores da oposição, é um primeiro passo para dar início a um movimento de impeachment no São Paulo.

    A última polêmica que atingiu a diretoria de Aidar foi a contratação de Iago Maidana, jogador de 19 anos que estava no Criciúma.

    A CBF investiga como se deu o negócio para saber se houve alguma irregularidade ou burla ao regulamento de Registros e Transferências. Antes de chegar ao time tricolor, o atleta foi registrado por dois dias em uma equipe da terceira divisão do goiano, o Monte Cristo. Uma empresa de nome Itaquerão Soccer participou de toda a transferência.

    Procurado, Aidar afirmou que não está sabendo de nada e que vai aguardar a reunião do Conselho.

    SAÍDA DO CEO

    Outra controvérsia relacionada a Aidar foi a demissão do ex-CEO do São Paulo, Alexandre Bourgeois, que não ficou nem três meses no cargo. Indicado pelo empresário Abilio Diniz, o executivo diz que teve seu trabalho boicotado e que foi ameaçado no dia em que foi demitido.

    Ao responder às críticas, Aidar negou que tenha ocorrido qualquer ameaça de agressão. O mandatário também negou que tenha impedido o acesso de Bourgeois aos contratos e às informações financeiras do clube e acusou o executivo de atuar de maneira política.

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