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    Corrupção no futebol

    Fifa bane cartola ligado a investigação contra Blatter

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    29/09/2015 08h46

    Efe
    Jack Warner deixa tribunal em Trinidad e Tobago ao lado de policial após ter sua audiência adiada
    Jack Warner deixa tribunal em Trinidad e Tobago ao lado de policial após ter sua audiência adiada

    O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta terça-feira (29) que decidiu banir para sempre das atividades do futebol o ex-vice presidente da entidade Jack Warner, 72, acusado de envolvimento em corrupção.

    Segundo o comitê, a decisão foi tomada com base nas investigações ligadas às suspeitas de compra de voto para escolha das sedes das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar). De acordo com o órgão da Fifa, Warner "cometeu vários atos" irregulares de maneira repetida durante seu período como executivo da Fifa e presidente da Concacaf. 

    "Em sua posição como dirigente de futebol, ele foi figura chave em esquemas envolvendo ofertas, recebimento, pagamentos ilegais", diz o comitê de ética, um órgão em tese independente.

    Warner foi considerado culpado na investigação interna sobre o processo de escolha das sedes da Copa. Ele já havia sido afastado em 2011 da entidade sob suspeita de irregularidades. 

    O cartola é um dos personagens da ação criminal aberta semana passada pelo Ministério Público da Suíça contra o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Os procuradores investigam um contrato assinado por Blatter em 2005 com a Federação Caribenha de Futebol, na época comandada por Jack Warner.

    Blatter é acusado de vender a Warner os direitos de televisão das Copas de 2010 por US$ 250 mil e de 2014 por US$ 350 mil, preços muito inferiores aos de mercado, chegando a apenas 5% do valor real.  

    Warner teria vendido por até US$ 20 milhões os mesmos direitos para países da região caribenha. "Esse contrato foi desfavorável à Fifa", diz o Ministério Público.

    O Comitê de Ética da Fifa pode investigar Blatter, que nega qualquer irregularidade.  

    Na semana passada, o procurador-geral de Trinidad e Tobago, Faris Al-Rauhi, autorizou a extradição aos Estados Unidos de  Jack Warner.

    Warner foi preso no fim de maio e pagou uma fiança de US$ 394 mil para responder aos crimes em liberdade. Na época, se declarou inocente de todas as acusações.

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