Jogador do Palmeiras em 2014, o zagueiro Lúcio, 37, processa o clube por direitos de imagem atrasados e o valor da rescisão em sua passagem.

Em decisão desta segunda-feira (5), o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o clube tem até 8 de outubro para pagar R$ 1,7 milhão ao zagueiro, que pode ser pago parceladamente. Caso decida dividir o pagamento, o Palmeiras teria que pagar 30% do valor total de saída e parcelar o restante em seis vezes.

Segundo Lucas Bento Pereira Antunes, advogado de Lúcio, no acordo para a saída do jogador o clube propôs-se a pagar duas parcelas de direitos de imagem, cada uma no valor de R$ 200 mil, e mais cinco parcelas de mais de R$ 260 mil, a título de rescisão. Nenhuma das parcelas teria sido paga pelo Palmeiras.

Segundo Antunes, eles procuraram o clube seguidas vezes para não acionar a Justiça, mas não conseguiram chegar a um acordo.

"Pelo presidente que o Palmeiras tem [Paulo Nobre], um homem com cabeça de gestão, espero que o Palmeiras pague, até porque os juros processuais no caso de não pagamento são altos", explica Antunes.

Procurado pela Folha, o Palmeiras disse que não comenta decisões judiciais. O clube ainda tem direito de apresentar sua defesa.

Contratado no ano passado após passagem decepcionante pelo São Paulo, o zagueiro Lúcio, pentacampeão mundial pela seleção brasileira, chegou a assumir a titularidade no Palmeiras, mas caiu de rendimento no decorrer do ano. No banco de reservas, o zagueiro teve desentendimentos com técnicos do time e passou a treinar em horários diferentes da equipe principal.

Ele rescindiu seu contrato com o Palmeiras em maio de 2015 e transferiu-se para o FC Goa, da Índia.