O príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, enviou formalmente sua candidatura à presidência da Fifa nesta quinta-feira (15), prometendo restaurar a reputação da organização, afetada por uma série de escândalos recentes.
Na eleição de maio, ele foi derrotado pelo presidente Joseph Blatter no primeiro turno, por 133 votos a 73, antes de retirar sua candidatura na segunda votação.
Em setembro, o jordaniano já havia anunciado que concorreria ao cargo novamente.
A eleição para substituir Blatter está atualmente programada para 26 de fevereiro, mas a Fifa cogita adiá-la. O comitê executivo da entidade vai realizar um encontro emergencial no domingo, na sede da Fifa, em Zurique, para debater o tema.
Blatter e o presidente da Uefa, Michel Platini, que também espera concorrer ao comando da Fifa, foram suspensos pelo Comitê de Ética da Fifa na semana passada. A federação internacional de futebol está envolvida em casos de corrupção e enfrenta investigações criminais na Suíça e Estados Unidos.
"Este momento de crise na Fifa é uma oportunidade para mudanças positivas", disse o príncipe Ali em comunicado. "Muitas ideias boas surgiram na atual discussão sobre o futuro da Fifa".
"Estou confiante que a Fifa pode superar este período de dificuldade com sua reputação restaurada e se tornar uma organização mais uma vez vista com respeito", acrescentou.
Um pagamento em 2011 de dois milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) da Fifa para Platini é parte de uma investigação criminal suíça sobre Blatter, de acordo com autoridades judiciárias suíças.
O ex-jogador brasileiro Zico também está entre os interessados em se tornar presidente da Fifa.
Khalil Mazraawi/AFP | ||
O príncipe Ali bin Hussein em evento onde anunciou a sua candidatura à presidência da Fifa |