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    Novo presidente do São Paulo não pedirá gravação que indicaria desvios

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    16/10/2015 02h00

    Rubens Chiri/Reprodução/saopaulofc.net
    Carlos Augusto de Barros e Silva, presidente interino do São Paulo, concede entrevista no clube
    Carlos Augusto de Barros e Silva, presidente interino do São Paulo, concede entrevista no clube

    Em sua primeira entrevista como presidente interino, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, prometeu que não jogará para debaixo do tapete as denúncias contra o ex-mandatário Carlos Miguel Aidar, que renunciou na última terça (13), diante de acusações de desvio de dinheiro do clube em negociações de jogadores e outros contratos.

    O dirigente, que concorrerá na eleição para permanecer no cargo até abril de 2017, afirmou, no entanto, que será o Conselho Deliberativo, com ajuda dos demais órgãos do Morumbi, que dará início ao processo de investigação dos atos da gestão anterior.

    Barros e Silva teve acesso à gravação feita pelo vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, que comprovaria as ações irregulares cometidas pelo antecessor.

    Ele afirmou não ter ouvido todo o áudio, mas contou a amigos próximos que a parte que ouviu é "grave".

    Mesmo assim, Barros e Silva disse que não fará pedido para que o vice de futebol mande o áudio ao Conselho.

    "Eu não vou pedir nada. Quem tem de pedir é o presidente do Conselho. Não sou eu", afirmou. Enquanto a nova eleição não acontece —foi marcada inicialmente para o dia 27 de outubro—, ele acumula os cargos de presidente do clube e do Conselho Deliberativo, onde esteve desde o início da gestão de Aidar.

    "Temos uma eleição logo e esse é o primeiro ponto que temos que cumprir. Quando tudo estiver de novo estabelecido, o novo presidente do Conselho será o responsável por tocar isso [a decisão sobre a gravação]. Não é uma coisa que depende de mim".

    Os grupos de oposição pressionam o novo presidente para que todas as denúncias sejam investigadas.

    Como mostrou a Folha, a renúncia de Aidar foi consequência de uma negociação, na qual a atual diretoria prometeu não apurar a fundo as denúncias.

    Barros e Silva negou que tenha havido um acordo com Aidar.

    "Eu garanto [que haverá investigação]. (...) Claro que, no decorrer dos acontecimentos, no calor da emoção, alguns procedimentos acontecem de forma a permitir a ideia de que o clube acobertará situações, mas eu asseguro que não. Não tem nada de acordão", disse.

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