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    Entenda por que o vôlei de praia do Brasil desponta como favorito em 2016

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    18/10/2015 02h00

    Silvia Izquierdo/Associated Press
    Bárbara Seixas, Ágatha, Larissa e Talita no pódio do evento-teste do Rio, em setembro
    Bárbara Seixas, Ágatha, Larissa e Talita no pódio do evento-teste do Rio, em setembro passado

    Se há um esporte com atual domínio mundial do Brasil, este é o vôlei de praia.

    Ao todo, foram 18 títulos internacionais na temporada encerrada na última semana. Resultado abaixo apenas ao de 2007 (21 ouros) e 2008 (20).

    No Mundial, em julho, as duplas brasileiras conquistaram ouro, prata e bronze entre as mulheres, e ouro e bronze entre os homens.

    Um contraponto ao desempenho aquém do esperado em carros-chefe do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 como judô, atletismo, natação e até o vôlei (de quadra) justamente no ano que precede o megaevento.

    O sucesso nacional nas areias ao final de 2015 é evidenciado pelo ranking mundial. No masculino, os líderes foram Alison e Bruno Schmidt, atuais campeões do mundo. Em segundo lugar na lista, Evandro e Pedro Solberg, bronze no campeonato.

    "O alto nível das duplas brasileiras faz você ter que se superar. A disputa pela vaga olímpica, por exemplo, foi contra lendas como Ricardo e Emanuel", afirma Evandro.

    No feminino, Ágatha e Bárbara Seixas, campeãs mundiais, terminaram no topo, seguidas de Larissa e Talita.

    "O vôlei de praia brasileiro sempre esteve entre os melhores do mundo. O que acontece agora é que as duplas estão se preparando para os Jogos de 2016, em casa, e isso acaba sendo um estímulo a mais", aponta Larissa.

    O ótimo desempenho fez com que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) antecipasse a confirmação destas como as quatro duplas que representarão o país nos Jogos Olímpicos do Rio.

    Favoritos a subirem ao pódio em 2016, os brasileiros também dominaram a premiação de melhores do ano feita pela Federação Internacional de Vôlei, com votos de técnicos, jogadores e árbitros.

    Entre as mulheres, Larissa foi eleita a melhor atleta do ano. A capixaba também venceu como melhor jogadora ofensiva, enquanto sua parceira Talita, a com o melhor ataque. Já Ágatha e Bárbara Seixas, campeãs do circuito, foram eleitas a melhor dupla.

    "O Brasil já tem o talento, e quando você realiza bom planejamento, recebe apoio para bancar uma comissão técnica competente, os resultados aparecem com mais intensidade", analisa Ágatha.

    Entre os homens, o domínio do Brasil foi ainda maior na votação. Bruno Schmidt foi eleito melhor do ano e ainda ganhou os prêmios de melhor jogador defensivo, ofensivo e esportista de 2015.

    Alison, seu parceiro, foi eleito o melhor bloqueador e a dupla, o time de 2015. O prêmio de melhor saque do ano foi para Evandro. E o de atleta mais inspirador para Emanuel, que será reserva da equipe de 2016 com Ricardo.

    "Os quatro times brasileiros têm chance de medalhas, sim. Seria especial levar as quatro no Brasil", diz Talita.

    Em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quinta (15), em Brasília, o diretor executivo da CBV, Ricardo Trade, disse que a meta do vôlei é conquistar seis medalhas na Rio-2016, quatro na praia e duas na quadra.

    "Este ano, o desempenho foi realmente extraordinário", afirmou o diretor de vôlei de praia da CBV, Fulvio Danilas, durante a audiência.

    Dezoito atletas, incluindo os oito classificados para a Rio-2016, recebem a Bolsa Pódio do governo federal (R$ 15 mil mensais). A CBV também é beneficiária de convênios que possibilitam o pagamento dos profissionais das equipes técnicas das duplas.

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