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    Ceni será denunciado pelo STJD por críticas a árbitro e pode ser suspenso

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    20/10/2015 11h18

    O goleiro do São Paulo Rogério Ceni será denunciado pela procuradoria do STJD pelas críticas que fez ao árbitro Dewson Freitas da Silva no intervalo e após o empate contra o Vasco no domingo (18), no Morumbi.

    Segundo a Folha apurou, Ceni deve ser enquadrado no artigo 258, inciso 2, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de desrespeito à arbitragem. A pena varia de 15 a 180 dias no caso desta infração. A denúncia deve ser divulgada até esta quarta-feira (21).

    Revoltado com a marcação de pênalti e expulsão de Matheus Reis no final do primeiro tempo, o goleiro insinuou que as reclamações do presidente do Vasco, Eurico Miranda, sobre a arbitragem influenciaram as decisões do árbitro.

    "Esse pênalti não foi marcado dentro de campo. Esse pênalti já tinha sido marcado antes de começar o jogo, só bastava a circunstância. E apareceu uma circunstância muito duvidosa. É uma pena, pois ele é um bom árbitro", acrescentou após o jogo, ainda no gramado.

    "Talvez o presidente do Vasco tenha razão no que disse. Ele falou coisas graves, fez acusações e ninguém falou nada, ninguém se manifestou da CBF ou da Comissão de Arbitragem. Talvez, ele tenha razão em tudo que disse", acrescentou Ceni.

    Com a aposentadoria prevista para dezembro, o goleiro não deve ser afetado pela denúncia, já que o clube ainda pode recorrer da decisão e pedir efeito suspensivo, caso ele seja condenado. A possível suspensão só o afetaria caso decida estender a carreira novamente.

    Acusado por Eurico Miranda de pressionar a arbitragem para favorecer os clubes catarinenses, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Pádua Peixoto Filho, também deve ser denunciado pelas respostas que deu publicamente ao presidente do Vasco.

    Procurado pela reportagem, o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, confirmou as denúncias.

    "Todos serão denunciados, não há tolerância da procuradoria para com ofensas, xingamentos, ilações e ameaças. Só não conseguimos denunciar todos ao mesmo tempo porque aconteceram [as infrações] em rodadas diferentes, e para procuradores de outras equipes do meu grupo. Mas são fatos conexos", explicou.

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