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    Corintianos se dividem entre vaiar e ignorar Guerrero no Itaquerão

    DE SÃO PAULO

    21/10/2015 13h01

    Autor do gol do título do Mundial de Clubes de 2012, o atacante Guerrero, 31, deverá ser ignorado ou vaiado em seu primeiro reencontro com o Corinthians, marcado para este domingo (25), às 17h, no Itaquerão, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

    Pelo menos essas são as manifestações até agora da grande maioria da torcida corintiana nas redes sociais.

    "Vou vaiar, não por ele estar jogando no Failmengo, mas por não ter palavra, por iludir +30 milhões de torcedores, por deixar a gente na mão, por preferir o dinheiro ao amor de uma torcida", escreveu um internauta em sua conta no Twitter. "Logico que vou vaiar, mercenario e burro alem de tudo, tem que levar vaia mesmo", escreveu outro torcedor corintiano.

    Já outros torcedores acham que o peruano tem que ser ignorado no Itaquerão. "Acho que vaiar ele é dar uma audiência e importância que ele não merece... O ideal seria ignorá-lo por completo".

    "Tem que vaiar até ele sair surdo da arena", escreveu outro torcedor.

    Guerrero não será o primeiro ídolo vaiado pela torcida corintiana. Em 2000, o volante Rincón trocou o Corinthians pelo Santos. O pré-contrato do jogador com o time da Baixada Santista foi assinado horas antes da final do Mundial de Clubes da Fifa. Na oportunidade, o Santos fez uma proposta 66,6% maior.

    Em seu primeiro jogo contra o Corinthians, Rincón foi recebido negativamente. Torcedores distribuíram reproduções de notas de um dólar. No lugar onde deveria aparecer a figura do ex-presidente norte-americano George Washington foi estampado um retrato de Rincón, acima a inscrição "Rincón Mercenário".

    Nas laterais da nota, os dizeres "Judas da Fiel". No verso da cédula, mais xingamento: "Mercenário. Dinheiro não é tudo. A Fiel Torcida não perdoa traição".

    Centenas de moedas foram atiradas no campo. Ao final do jogo, a pista de atletismo do Morumbi, que circunda o gramado, cintilava com o brilho delas.

    Guerrero deixou o Corinthians em maio —quase dois meses antes do término do seu contrato com o clube. Poucos dias depois, foi anunciado como novo reforço do Flamengo.

    Na oportunidade, o jogador alegou que saiu antes do fim de seu vínculo após um acordo com a diretoria alvinegra.

    Roberto de Andrade, presidente corintiano, alegou que o clube não tinha condições de renovar em virtude do que o peruano estava pedindo. O clube devia salários atrasados, o que só foi resolvido na semana passada, quando departamento financeiro conseguiu quitar todas as dívidas com dinheiro da Rede Globo, que veio do novo contrato do Campeonato Paulista.

    Além de Guerrero, o atacante Emerson Sheik também vai reencontrar o Corinthians. Autor dos gols do título da Libertadores na final contra o Boca Juniors, o jogador deixou o clube alvinegro após a diretoria decidir não renovar seu contrato.

    Na sua despedida, o jogador foi homenageado pelo clube com uma placa comemorativa antes da partida contra o Internacional. Emerson abraçou longamente o técnico Tite, dirigiu-se às arquibancadas e estendeu a mão a alguns torcedores —mas não chegou a dar uma volta olímpica no gramado, como previsto.

    CASAGRANDE E MARCELINHO

    Apesar de criticar Rincón, a torcida corintiana não costuma vaiar seus ídolos. Casagrande e Marcelinho Carioca tiveram recepções calorosas quando enfrentam o clube.

    Em 1993, quando vestia a camisa do Flamengo, Casagrande foi ovacionado pela torcida, que cantou: "Doutor, eu não me engano, o Casagrande é corintiano" e "Volta, Casão, teu lugar é no timão".

    Após o jogo, o ex-atacante confessou que esperava ser xingado e até vaiado. Segundo ele, a recepção da torcida o derrubou psicologicamente.

    Já Marcelinho enfrentou o Corinthians pela primeira vez após sua saída quando defendia o Brasiliense. Ao coro de "uh! Marcelinho" e "doutor, eu não me engano, o Marcelinho é corintiano", ele foi mais ovacionado que o argentino Tevez.

    A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, homenageou Marcelinho com uma placa e uma camisa da torcida, que ele beijou.

    Ao final do jogo, Marcelinho foi ao alambrado agradecer o carinho da torcida.

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