O francês Jérôme Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, anunciou nesta sexta-feira (23) que será candidato à presidência da entidade que comanda o futebol mundial.

Champagne, 57 anos, é o quarto candidato declarado que dispõe dos cinco apoios exigidos para a disputa. Os outros são o francês Michel Platini (cuja candidatura permanecerá bloqueada enquanto durar sua suspensão de 90 dias), o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein e o ex-capitão de Trinidad e Tobago David Nakhid.

O prazo final para registro das candidaturas é na próxima segunda-feira (26).

A eleição do sucessor do suíço Joseph Blatter está programada para 26 de fevereiro. Blatter decidiu renunciar à presidência da entidade no início de junho —quatro dias após ser eleito para um novo mandato. Ele anunciou sua saída em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol mundial, que resultou na prisão de sete dirigentes da Fifa entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Em uma entrevista à AFP, Champagne afirmou que o fato de vir de dentro da Fifa, entidade que deixou em 2010, "não é um handicap".

"Não me envergonho dos anos que passei na Fifa", disse. "Para executar as reformas é necessário alguém que conheça a instituição de dentro, o que é o meu caso. Os 11 anos que passei na Fifa não são um handicap, pelo contrário", acrescentou.

Champagne afirmou que a entidade passa por um "momento grave". "Precisamos de uma Fifa forte. A Fifa tem 111 anos, fez muitas coisas boas, mas agora chegou o momento de fazer reformas. Uma única reforma não bastará. Esta é a razão pela qual não proponho reformas, e sim compromissos", disse Champagne.

Entre suas prioridades ele citou "adaptar a governança da Fifa às realidades do mundo atual, aplicar os mais exigentes parâmetros de transparência e ética e modernizar a administração".

Na última eleição, Jérôme Champagne se apresentava como pré-candidato, mas ficou de fora.

Além de Champagne, Platini, Ali bin al-Hussein e David Nakhid, o ex-jogador Zico já se declarou pré-candidato. Ele ainda busca o apoio de cinco federações —requisito mínimo para registrar a candidatura—.