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    Piscina do Ibirapuera voltará a fechar após reforma de R$ 30 milhões

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    24/10/2015 02h00

    Reinaugurado no final de 2013 após uma reforma que custou pelo menos R$ 30 milhões, o conjunto aquático Caio Pompeu de Toledo, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo, já sofre com problemas em suas instalações.

    Os revestimentos cerâmicos da piscina principal (de 50 m) e de outra auxiliar estão danificados e terão de passar por intervenção.

    A Folha visitou o parque aquático na quinta-feira (22) e constatou também outros problemas, como ruptura do teto da piscina fechada e degradação de paredes e piso.

    Por ora, o equipamento está em funcionamento, com parte de uma raia interditada. Assim que as obras de reparo começarem (não há data definida), ele ficará fechado por até dois meses.

    O custo ficará a cargo da Recoma, empresa especializada em construção esportiva, responsável pela reforma de dois anos atrás.

    Sérgio Schildt, presidente da companhia, afirmou que os danos são decorrentes da vibração causada pelo movimento contínuo de caminhões nas ruas próximas e também de manutenção inadequada. Já a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude disse ter havido má execução da reforma.

    PREPARAÇÃO OLÍMPICA?

    A piscina do complexo recebeu em 2014 o Troféu Maria Lenk, principal competição da natação nacional.

    O conjunto também também aparece no site do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 como local oficial de treinamento —teve aval da entidade para alojar equipes do exterior na aclimatação pré-evento.

    Inaugurado em 1957, ele passou por várias intervenções ao longo de sua história. Além de eventos aquáticos, é aberto à população. Atualmente, não tem condições para sediar grandes eventos.

    As secretaria e a Recoma divergem quanto à garantia da obra. Para a pasta, o conjunto está dentro do prazo de garantia de cinco anos.

    O empresário assegurou que ela era de um ano e expirou. "Cinco anos de garantia é para o caso de obra estrutural. Eu não fiz a estrutura do conjunto, só a renovação."

    Ainda assim, mesmo alegando estar fora da garantia, a empresa fará o conserto. Schildt contou que a questão foi resolvida amigavelmente.

    "Estamos fechando os orçamentos e então partiremos para a solução. São reparos localizados", comentou.

    GOVERNO DE SP E EMPRESA DIVERGEM SOBRE AS CAUSAS DE REFORMA EM PISCINA

    Em nota enviada à Folha, a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, que gere o complexo Constâncio Vaz Guimarães (nome oficial do complexo do Ibirapuera), disse que o motivo para os azulejos se soltarem seria um problema na execução da obra.

    Afirmou, também que todo o custeio do reparo ficará a cargo da Recoma, encarregada da mais recente intervenção no equipamento.

    Apesar de aceitar refazer a parte danificada Sérgio Schildt, presidente da Recoma, rebateu a afirmação da secretaria.

    "Não tem problema de execução. O problema foi de vibração e de operação. Ali, a estrutura é ruim e passa caminhão pesado todo dia. Isso gerou o problema e o revestimento se destacou."

    O reparo deve durar entre um e dois meses.

    Inaugurado em 1957 como parte do complexo, o conjunto aquático ficou abandonado por anos e passou por renovação entre 2010 e 2013.

    Ele deveria ter sido entregue dois anos antes, com o restante do equipamento, mas falta de licenças atrasou a intervenção.

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