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    Rio-2016 tenta compensar queda do real com receitas em dólar

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    27/10/2015 14h11

    Li Muzi - 26.out.2015/Xinhua
    Nuzman durante entrevista em Nova York
    Nuzman durante entrevista em Nova York

    Para não ficar no vermelho com a desvalorização do real, o Comitê Organizador da Rio-2016 tem tentado compensar os gastos em dólar com o que arrecada em moeda estrangeira, afirmou o presidente Carlos Arthur Nuzman, nesta terça-feira (27), em Nova York.

    "Uma parte melhora com recebimentos do Comitê Olímpico Internacional (COI) e outra temos que pagar [em dólar]. Isso está sendo preparado na apresentação do orçamento, em fase final", afirmou após fazer uma apresentação sobre os Jogos em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.

    Se o comitê estourar o orçamento, estimado em R$ 7,4 bilhões, terá que suprir o deficit com receitas próprias. Questionado pela Folha se a conta está equilibrada, Nuzman disse que "não vou dizer [que esteja] zero a zero, vou dizer que está sendo preparada pela área financeira". "Quem organiza os Jogos tem os ônus e os bônus", acrescentou.

    O presidente do comitê mencionou gastos obrigatórios em dólar como passagens aéreas e a remuneração de consultores internacionais e receitas como a parcela do patrocínio captado pelo COI. Ele disse que a situação ocorreu em outras Olimpíadas realizadas em países cujas moedas não estavam estáveis à época como China e Grécia.

    Segundo o Ato Olímpico, aprovado em 2009, o governo garantiria os gastos extras do comitês. A medida, no entanto, foi revogada pelo governo Dilma em outubro.

    Sem a garantia dos cofres públicos, os gastos do comitê deixam de ser fiscalizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Nuzman negou que faltará transparência, devido a auditorias interna e externa, além do acompanhamento do conselho diretor.

    "Nós apresentamos publicamente nossas contas", afirmou. A auditoria interna é formada por especialistas e a externa é feita pela KPMG.

    REFUGIADOS

    Nuzman observou que, com a participação de atletas refugiados, anunciada na segunda-feira (26), pelo COI, a Olimpíada do Rio baterá o recorde de delegações: 207 (206 são de países).

    Ele disse que ainda não foi informado o número de atletas que desfilarão pela bandeira olímpica, mas espera que seja maior do que o de Olimpíadas anteriores diante da crise de refugiados em curso.

    "Deverá ocorrer alguma menção especial. No desfile de abertura, será anunciado quem eles são e o que eles representam", disse.

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