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    Corrupção no futebol

    Com sete candidatos, eleição da Fifa torna-se imprevisível

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    29/10/2015 02h00

    Sete candidatos e nenhum favorito para uma eleição marcada para tirar a Fifa de uma crise sem precedentes.

    Assim começa oficialmente a corrida para sucessão de Joseph Blatter, que só deve terminar em 26 de fevereiro, dia da eleição que definirá o novo presidente da entidade.

    O comitê eleitoral da Fifa divulgou os sete candidatos registrados para a disputa.

    Todos agora devem passar por uma avaliação para saber se cumprem os requisitos necessários para concorrer, incluindo um controle de "integridade", espécie de pente-fino do comitê de ética.

    Um não será submetido a essa etapa por enquanto: Michel Platini, suspenso até janeiro por causa da investigação de um suspeito pagamento de 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 4 milhões na época) feito a ele pela Fifa em 2011, a mando de Blatter.

    Somente depois da suspensão é que sua candidatura será aprovada ou não, já que a punição pode ser prorrogada por mais 45 dias, o que sepultaria de vez sua candidatura.

    Se não fosse esse escândalo, a vitória de Platini era certa. Não havia –como ainda não há– um nome com o respaldo político do francês nas seis confederações que abrigam as 209 federações que escolhem o presidente.

    Esse tipo de eleição costuma ser decidido pela orientação em bloco das confederações: a Conmebol estava praticamente fechada com Platini, assim como Concacaf, Uefa, e parte da Ásia.

    Com o francês enfraquecido, a partida começa do zero. Não à toa, a Uefa lançou seu secretário-geral, o suíço Gianni Infantino, para ter na disputa um nome do continente diante da crise de Platini.

    Os outros cinco concorrentes são Jérome Champagne, Ali bin Al-Hussein, Musa Bility, Tokyo Sexwale e Salman bin Ebrahim Al Khalifa (veja mais abaixo), sendo que Sexwale e Champagne podem crescer na campanha.

    Ativista anti-apartheid, Sexwale busca apoio da CAF (Confederação Africana de Futebol), peça-chave no xadrez eleitoral, com 54 votos.

    A CAF é historicamente ligada a Blatter e o gesto do suíço por um candidato pode guiar seus rumos. E aí podem crescer as chances de Jérome Champagne, amigo e ex-assessor do cartola em Zurique.

    Champagne é visto como um "outsider" na cartolagem e desistiu em cima da hora da última eleição, em maio. É inimigo de Platini e do ex-secretário-geral da Fifa Jeróme Valcke, também mergulhado em escândalos. O apoio de Blatter daria o voto de federações menores, maioria no colégio eleitoral, eternamente gratas ao suíço pelos recursos despejados pela Fifa.

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