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    Obra 'secreta' faz Rio arrecadar menos com arena pós-Olímpiada

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    04/11/2015 02h00

    Felipe Hanower/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, 29.10.2015: CONSTRUÇÃO PAVILHÃO 6 / RIO CENTRO / OLIMPÍADAS - A construção do pavilhão 6 no Riocentro, que vai sediar as competições de boxe na Olimpíada. Em obras há quase dois meses, a arena não consta na Matriz de Responsabilidades, documento oficial que descreve as obras dos Jogos. (Foto: Felipe Hanower/Folhapress, FSP-COTIDIANO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Pavilhão 6, que vai sediar as competições de boxe na Olimpíada, está em obras há quase dois meses

    O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio.

    Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano.

    O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.

    Em comunicado aos acionistas no mês passado, a empresa afirmou que tem uma receita anual acima de R$ 18 milhões com a administração da Arena Olímpica, construída para os Jogos Pan Americanos.

    A Folha revelou na terça-feira (3) o acordo feito sem licitação para construção do pavilhão 6 do Riocentro.

    Gastos secretos da Rio-2016

    O CEO da GL events, Arthur Repsold, disse que houve uma "negociação meio pesada" da prefeitura para que a empresa assumisse os custos dos investimentos.

    "Foi uma negociação meio pesada da prefeitura. Era um investimento que não estava nos nossos planos", disse ele.

    Em nota, a Prefeitura do Rio afirmou que a empresa pagou a outorga, nos primeiros nove anos, em prestações mensais. A prorrogação por 30 anos exigirá investimento total num intervalo de um ano.

    "Ela faz agora o investimento total para o qual só terá retorno após os Jogos. Ou seja, usando um termo técnico, precisar ser 'trazido a valor presente', não se trata de fazer uma regra de três", disse o município, em nota.

    A prefeitura afirmou que o aditamento ao contrato, sem licitação, foi "a solução mais adequada".

    "Ela permite que o Município não entre com recursos próprios nas obras de construção e adaptações no Riocentro e na Arena Rio, além de dar utilização a um ativo municipal como forma de pagamento."

    Compare os gastos da Rio-2016

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