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    Corrupção no futebol

    Garantia de R$ 57 milhões só será paga se Marin desrespeitar acordo

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK
    MARCEL RIZZO
    DO PAINEL FC

    04/11/2015 14h15

    A garantia de US$ 15 milhões (cerca de R$ 57 milhões) que permitiu ao ex-presidente da CBF José Maria Marin o cumprimento da prisão domiciliar em Nova York enquanto aguarda por julgamento só será executada caso ele desrespeite o acordo com a Justiça americana.

    A informação foi confirmada por seus advogados. Na terça (3), a Folha informou incorretamente que o valor foi pago por Marin como fiança.

    Em prisão domiciliar desde terça, Marin usa uma tornozeleira eletrônica.

    Segundo sua defesa, ele pode sair de casa para emergências, para ir ao médico, à igreja, ao advogado e duas vezes por semana a um supermercado determinado.

    Todas as saídas devem ser previamente autorizadas pela Justiça. Ele ficará 24 horas acompanhado por um oficial.

    Segundo o advogado Paulo Peixoto, Marin está "com a esposa, Neusa Marin, ainda reflexivo, lendo um pouco e aliviado", depois de 157 dias preso na Suíça.

    Marin não fez acordo de colaboração com a Justiça americana na investigação, segundo Peixoto. "Ele se declarou inocente e assim responderá às acusações", disse o advogado.

    Seu apartamento em Nova York, no Trump Tower, avaliado em cerca de US$ 2,5 milhões, foi usado como garantia.

    A próxima audiência acontecerá em 16 de dezembro.

    Marin em Nova York

    AUDIÊNCIA

    Marin participou de audiência no tribunal da cidade nesta terça (3) pouco depois de desembarcar. Ficou sentado a maior parte do tempo e teve a ajuda de um tradutor.

    Sua mulher ficou a seu lado durante todo o tempo, em pé. Ao final, após assinar documentos, tomou um copo de água e a abraçou longamente, emocionado –os dois não se viam desde a prisão de Marin na Suíça, em 27 de maio.

    Ao deixar o tribunal cercado pelos seus advogados, não quis dar declarações à imprensa. Apenas disse "boa noite" e "um abraço" aos repórteres que o esperavam do lado de fora.

    O benefício da prisão domiciliar é o mesmo concedido ao ex-presidente da Concacaf Jeffrey Webb, também preso em maio e que aceitou ser transferido em julho para os EUA.

    Marin é acusado de receber "milhões de dólares de propina" de um esquema ligado a desvios de dinheiro de vendas de direitos de transmissão de torneios da Copa América e da Copa do Brasil.

    Cronologia José Maria Marin

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