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    Executivo do São Paulo vai receber bônus em venda de jogadores

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    05/11/2015 09h41

    De volta ao São Paulo, agora em um novo cargo, Gustavo Vieira de Oliveira, filho de Sócrates e sobrinho de Raí, deve assinar seu novo contrato nos próximos dias. O novo acordo prevê bônus em cima do lucro da venda de jogadores, tanto da base quanto do profissional.

    Funcionará da seguinte forma: se um atleta chegou valendo R$ 2 milhões e é vendido por R$ 10 milhões, o lucro é, então, de R$ 8 milhões, e é sobre esse valor que o executivo terá direito a essa espécie de comissão.

    Na última minuta enviada para a confecção do contrato, que ainda não está assinado, há a seguinte previsão: bônus de cerca de 3% em transferências do futebol profissional e pouco de mais de 1% na base.

    "É um contrato de produtividade. O profissional aceita um valor menor e está estimulado pelos resultados", explicou à Folha o novo presidente do time tricolor, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, quem o chamou de volta ao clube - ele havia sido demitido no final de maio por Carlos Miguel Aidar, ex-presidente que renunciou no dia 13 de outubro.

    "Quando ele aceita um bônus como parte da remuneração condicionado à performance de natureza financeira do seu departamento e especialmente esportiva, o São Paulo se vê atendido em sua estratégia e dentro de sua realidade", completou o mandatário são-paulino. 

    Fabio Braga - 11.out.2013/Folhapress
    Gustavo Vieira de Oliveira, 32, é o novo executivo do São Paulo
    Gustavo Vieira de Oliveira é o novo executivo do São Paulo

    Segundo apurou a reportagem, o executivo retorna ao Morumbi com um salário duas vezes maior ao que ganhava quando saiu. 

    Há, no entanto, no documento que já está no departamento jurídico, uma cláusula que faz aumentar a remuneração do diretor em dezembro e depois em março do ano que vem, chegando a quase triplicar os valores em relação à sua primeira passagem no futebol da equipe tricolor.

    Para se ter uma ideia, a partir do terceiro mês de 2016, portanto, o filho do Sócrates estará ganhando, se assinado o contrato nestes termos, pouco mais que Alexandre Mattos, diretor do Palmeiras bicampeão pelo Cruzeiro. O salário será pouco menor do que o de Rodrigo Caetano no Flamengo. 

    Nesse tempo fora, de maio até o fim de outubro, Oliveira foi procurado por Cruzeiro e Coritiba, mas estava focado com projetos no exterior e permaneceu fora de clubes. 

    Desde que chegou ao São Paulo, ainda em 2013, logo se tornou homem de confiança de Ataíde Gil Guerreiro, vice de Futebol, elogiado por ser discreto e falar pouco na imprensa.

    Em maio deste ano, porém, foi demitido por Aidar dias depois da contratação de Juan Carlos Osorio, deixando o Morumbi com a seguinte frase: "Fui informado de que o futebol terá novos rumos, rumos esses dos quais eu não me vejo como parte".

    Antes, sofreu um processo duro de fritura interna, o que ele confirmou meses depois ao jornal Lance, em entrevista. O ex-presidente Carlos Miguel Aidar, quem tentava queimá-lo a todo custo, renunciou em meio a acusações diversas de desvio de dinheiro, especialmente feitas por Guerreiro.

    A Folha procurou Gustavo Vieira de Oliveira, mas o São Paulo afirmou que apenas o presidente Carlos Augusto Barros e Silva se pronunciaria sobre o assunto.

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