O Água Santa, clube de Diadema, na grande São Paulo, enviou na noite desta quinta-feira (5) documentos para a FPF (Federação Paulista de Futebol) na tentativa de permanecer na primeira divisão do estadual em 2016.

A FPF deu como prazo até o fim desta quinta para o clube, recém-promovido à elite, provar que o estádio José Batista Fernandes tem capacidade para 10 mil espectadores, como pede o regulamento da Série A-1 do Paulista.

O documento enviado e protocolado às 19h08 é assinado por dois engenheiros, Eduardo Forte Battagin e Tiago de Souza Luz, que afirmam que a obra tem capacidade para 10.179 espectadores.

"Agora esperamos o bom senso da Federação", disse à Folha o presidente do Água Santa, Paulo Farias. A FPF informou que vai analisar a documentação e deve se posicionar nesta sexta (6).

Caso o Água Santa seja excluído da competição, o Mirassol, quinto colocado da segunda divisão em 2015, herdará a vaga e o Água Santa disputará novamente a Série A-2.

O Água Santa pretende estrear na primeira divisão, e tem uma história peculiar: até 2011 era um clube amador, mas muito popular na região do ABC, onde fica Diadema, e levava de 4 a 5 mil pessoas por partida.

Ao decidir se profissionalizar, teve três acessos consecutivos: da quarta divisão para a terceira, em 2012, da terceira para segunda, em 2013, e da segunda para a primeira, em 2014. O time é bancado por uma empresa de ônibus, a A2 Transportes. Os sócios da empresa são os "donos" do time.

"Já investimos com contratações, trouxemos o Roberto, ex-goleiro da Ponte, o André Cunha, lateral ex-Palmeiras, o Sérgio Manoel. Seria um enorme prejuízo não jogar a A-1", disse o presidente do clube.

Ele estima que o valor da reforma do estádio chegue aos R$ 10 milhões, bancados 100% pelos sócios do time. De propriedade da Prefeitura de Diadema, o estádio foi concedido ao Água Santa, que prometeu fazer a reforma.

Nas fotos divulgadas, a construção ainda é um campo de obras. Não há gramado, por exemplo, mas Paulo Farias diz que até o fim de dezembro a obra estará entregue.

"Comprovamos que a capacidade é a mínima exigida", disse o cartola.

Na reunião desta quinta (5), para definir o regulamento da competição, clubes da capital, como Santos e Palmeiras, tentaram ajudar o time de Diadema. O presidente santista Modesto Roma sugeriu que o prazo fosse estendido. A FPF rejeitou e disse que seguirá o regulamento, que datava esta quinta como prazo final para a apresentação dos laudos.

	Reprodução
	Documento enviado pelo Água Santa à FPF com imagens da construção do estádio